23 jul - 2021 • 20:00 > 25 jul - 2021 • 20:00
Evento Online via Youtube
O projeto Cia. Espaço em Branco - Janelas Criativas fará uma temporada imersiva dos seus mais recentes espetáculos em versões Kino-teatro. De 23 a 25 de julho, sempre às 20h, serão transmitidas as peças Tocar Paraíso, A Fome e Paraíso Afogado, uma em cada noite respectivamente.
Saiba mais sobre cada obra:
Tocar Paraíso:
23 de julho (sexta-feira), às 20h
Transmissão com audiodescrição, legendas e LIBRAS disponível
O trem do Ocidente passa rápido e já nem pára, não tem como parar, ele atropela a todos seguindo seu fluxo cego. É o progresso. A energia vem do lucro, vem do modelo de civilização alicerçada no capitalismo. O lucro é a vida sugada de pessoas e nações que se afundam em meio ao lixo tóxico. O texto de Thomas Köck admite o absurdo do teatro frente à vida, lançando mão de distintas possibilidades de estruturação da escrita para a cena, o autor vai do lírico ao dramático e ao épico, para contar histórias atravessadas por trens. A ironia percorre a linguagem cênica revelando o sedimento crítico que o texto traz em relação ao percurso civilizatório ocidental.
A Fome:
23 de julho (sábado), às 20h
Transmissão com LIBRAS disponível
O espetáculo percorre o percurso da apresentação cênica de um instinto primal, a fome, que nasce do caos e incorpora-se com a força de uma deusa pagã em uma mulher. A personagem mostra-se em pedaços: boca, vagina, cabeça, uma mulher que fala sem parar, parente próxima dos personagens de Beckett. O relato é violento, irônico e absurdo. É o dia derradeiro, um rito de passagem que necessita ser concluído, custe o que custar. Refletindo sobre relações amorosas e familiares atordoantes, o espetáculo mostra esta mulher sem nome nem espaço que se dilata guiada por uma chama primitiva e implacável, pelos dentes irá descobrir a forma mais intensa de consumir o amor, o outro e sua sombra.
Paraíso Afogado:
23 de julho (domingo), às 20h
Transmissão com LIBRAS disponível
Marés de palavras e lixo trazem memórias e dejetos deixados por uma civilização que há muito habitou e dizimou a Terra. Uma família dos anos 1990 europeia (ou seria porto-alegrense?) produz seu futuro com o sonho de profissional liberal do pai e o amadurecimento da filha, a jovem bailarina. Cem anos antes, na Manaus do boom da borracha, os Barões encomendam a construção do Teatro Amazonas a um idealista arquiteto alemão, que chega não apenas para erguer um teatro, mas para ensinar a revolução aos nativos: novos tempos para novos homens. Essa jornada apocalíptica agora é apenas um HARD_DISK abandonado no espaço. Fragmentos editados e arquivos corrompidos. Kino- teatro, o palco tornou-se tela.
Saiba mais em www.ciaespacoembranco.com
Cia Espaço Em Branco