Música é parte intensa da vida. E tudo aquilo que a gente ouve, que bate certo no peito, é elemento de nossa formação. O que você escuta? De que artista você gosta? A gente até pergunta isso quando quer conhecer mais de alguém, né?
Daí pense: que lugares da cidade em que você mora te construíram nesta jornada musical? Quais são aqueles que fazem o show que você não perde? Em qual casa você vai na confiança mesmo sem saber a programação da noite? Quantos artistas e bandas você pôde ver, conhecer, descobrir por conta da atuação destes espaços?

As casas de shows são parte fundamental de uma cena, compõem a identidade das localidades que habitam, movimentam a economia, engajam suas comunidades, fazem a vida (e a música) acontecer. Elas são espécies de curadoras de nossas experiências, do que está disposto ao nosso repertório. Em Salvador, são muitos os espaços que marcaram seu nome na história cultural da cidade. Aposto que você já lembrou de algum aí agora. E que também sentiu saudade de quando podia bater ponto no seu lugar preferido. Estes empreendimentos estão em sério risco.

Onde mora a música de Salvador? Quais são as suas casas?
Com o projeto “Rede Radioca – NoSSAs Casas”, o Radioca, frente de movimentação da música contemporânea brasileira na Bahia e reconhecido como um dos principais promotores desta cena em nível nacional, resiste em atividade e mobiliza atenção para o setor musical em meio ao pior momento da pandemia da Covid-19 no Brasil. Nesta atualidade que representa a maior crise social da contemporaneidade e que determina muitos desafios para o campo da cultura, o Radioca foca o olhar não apenas nos artistas, mas também nas casas de shows, fortemente impactadas por todos os prejuízos percebidos na indústria musical nesta temporada. É considerando a interrupção de atividades, que perdura há um ano, que a atenção às casas surge: qual a importância delas? Como elas têm sobrevivido? Como permanecerão? Quantos palcos encontraremos ativos pós-pandemia? Como estará a cena musical da capital baiana e que lugares os públicos poderão frequentar neste futuro que esperamos ser próximo? Que perdas simbólicas e efetivas para a vida cultural, social e econômica as portas fechadas vão representar?

Em busca destas respostas, o “Rede Radioca – NoSSAs Casas” reúne quatro espaços de Salvador para representar o setor, selecionados pela diversidade de seus perfis, atuações e regiões onde se localizam: CASA DA MÃE (Rio Vermelho), MERCADO IAÔ (Ribeira), SENZALA DO BARRO PRETO (Curuzu) e TEATRO GAMBOA (Aflitos).

A campanha #EuAbraçoNoSSAsCasas te convoca: conheça mais, valorize e apoie estas casas.