13 abr - 2020 • 15:00 > 13 abr - 2020 • 16:00
Esta aula aberta tratará sobre formas de transmissão de conhecimentos
performáticos e de como as diversas estratégias influenciam no modo com que
esses saberes e técnicas são colocados em prática e como podem reorganizar as
relações entre sujeitos e instituições. A reflexão partirá do recorte empírico
que abrange os métodos de ensino-aprendizagem de instituições presentes no
universo das escolas de samba paulistas e que são relacionadas à dança dos
casais de mestre-sala e porta-bandeira. Essas duplas são representativas da
identidade dos componentes dessas agremiações e executam um bailado específico,
sendo um dos quesitos de julgamento dos desfiles. A partir da década de 1990, é
possível identificar o surgimento de associações que propuseram modelos
escolarizados e profissionalizantes de formar novas e novos dançantes, em certa
divergência com o modo dito “tradicional” de se aprender a dançar, passado de
pessoa a pessoa, por exemplo, durante a participação cotidiana de uma escola de
samba. Dessa forma, a análise etnográfica desse campo de pesquisa embasará a
discussão de instrumentos metodológicos e conceituais pertinentes à área das
ciências sociais, da educação, da performance artística e das relações entre
corpo, identidade e trabalho.
Aula expositiva amparada por material audiovisual (como imagens, áudios
e vídeos) e debate com os participantes a respeito tópicos apresentados. A
atividade ocorrerá em sala virtual na plataforma Zoom, com repositório de
material de apoio no Google Classroom.
1) Oferecer análise qualificada a respeito de estratégias de transmissão
de conhecimento, seus contextos sócio-históricos e implicações sobre as
relações entre sujeitos e instituições;
2) Apresentar leitura etnográfica sa trajetória das escolas de samba
paulistas, a figura dos casais de mestre-sala e porta-bandeira e as
instituições de ensino correlatas;
3) Explorar métodos de sistematização de dados de pesquisa e instrumentos
conceituais das áreas de estudos sobre educação, performance, corpo, identidade
e trabalho.
Palestrante responsável: Felipe Gabriel Oliveira
Mestre em Antropologia
Social pela Universidade de São Paulo, e doutorando pela mesma instituição. É
bacharel em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas da USP, e pesquisador do Centro de Estudos de Religiosidades
Contemporâneas e das Culturas Negras (CERNe-USP), onde desenvolve atualmente
pesquisa sobre carnaval, religião e políticas públicas em São Paulo (SP).
Integrante do Laboratório do Núcleo de Antropologia Urbana (LabNAU-USP). Tem
interesse nos temas: cultura popular, festas, religião, corpo, performance,
carnaval, samba e dança.
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