10 mai - 2021 • 19:00 > 15 mai - 2021 • 21:00
Evento Online via Google Meet
Curso Online. De 10 (segunda) a 15 (sábado) de Maio, das 19h às 21h. Com Salloma Salomão, Fernando Alabê e Thiago Sonho. Minicurso com 6 (seis) aulas teórico-práticas, carga horária total de 12 horas com certificação. Via plataforma Google Meet. Aulas gravadas e disponibilização do material digital (gravação) aos inscritos, por tempo determinado.
Público: Pessoas maiores de 15 anos, interessadas em música negra (com ou sem formação inicial).
Apresentação:
Salloma, Fernando e Thiago são artistas, estudiosos e praticantes de música ligados à cena da música, dança, teatro e performance, em especial, na cidade de São Paulo. Suas experiências combinam saberes tradicionais de matrizes africanas e conhecimentos convencionais – teóricos e práticos – na criação, produção, veiculação e pesquisa musical. Nesse minicurso, construíram uma abordagem com objetivo de trazer um conteúdo acessível para educadores, músicos, arteducadores e interessados em geral. São aulas dialógicas com 2 (duas) horas de duração, contabilizando ao todo 12 (doze) horas. Encontros expositivos e bate papos, com o uso de instrumentos musicais, vídeos e gravações musicais.
Um nível perturbador de disseminação/assimilação de diferentes sons por via das tecnologias digitais contemporâneas (produção, captura, industrialização e difusão musical massiva) e também aquela do passado recente desenvolvidas ao longo do século XX. Não necessariamente tais tecnologias nos tornam mais ou menos capazes de reter conteúdos sonoros por um tempo expressivo da vida. Mas, em alguma medida, as tecnologias sonoras capturam nossas sensibilidade para referências específicas de musicalidades.
Nas sociedades do consumo, a noção de gosto próprio, de um lado e, de outro, a imposição constante de determinadas frequências batidas, sequências melódicas e modulações tonais. As ondas de consumo musical, sobretudo no meio urbano, alteraram de forma definitiva as relações individuais e coletivas com a música. Os ouvintes resistentes, artistas inquietos e os estudantes 'anticonvencionais' de artes e música representam um campo criativo a ser explorado como passível de construção de uma nova relação com os saberes musicais constituídos, dentro de outras lógicas que não fossem tão somente o mercado de consumo musical, representados pelo espetáculo, rádio, cinema, TV e rede mundial de computadores.
As células rítmicas são efetivos códigos sonoros elaborados em um outro tempo das culturas musicais em todas as sociedades humanas e, especialmente, nas sociedades africanas que povoaram o Brasil. Apesar da tendência de resumo e padronização, ainda é possível acessar pessoas-músicas portadoras-guardiãs de saberes ancestrais, dispostas a repartir esse legado com outros sujeitos/musicais.
Programação:
Sobre os formadores:
Fernando Camilo David, Alabê
Percussionista, compositor, educador, diretor artístico e musical realizou estudos em percussão popular e erudita entre a antiga ULM, Conservatório Souza Lima e Liceu de artes Municipal de Taboão da Serra. Fundador, vice-presidente, diretor artístico-musical e mestre de bateria do Bloco Afro Afirmativo Ilu Inã. Integrante do Coletivo Frente 3 de Fevereiro na trilogia Zumbi Somos Nós. Diretor artístico e musical da Cia Brasilidança de Danças e Ritmos Populares, concepção e trilha musical no EtnoDoc-IPHAN Eu tenho a Palavra. Atuando desde 1996 em bandas e projetos como Jualê, Guerreiros de Zumbi, Banda Luzia, Grupo Classe (Gravadora Regata), Cora- Orquestra de Grooves Afro-brasileiros, Núcleo Bartolomeu de Depoimentos (Encontros Notáveis e Orfeu Mestiço), Tony Tornado, entre outros. Como educador acumula experiência em Fundação CASA, Instituo Criança Cidadã, UNAS-Heliópolis e Instituo Alana, fundador da ONG Instituto Ketlen Leticia (Instituto Kelé).
Thiago A. C. Santos, Sonho
Baterista, percussionista e Beatmaker. Acompanha artistas como Mano Brown (Boogie Naipe), DJ Hum, Tony Tornado entre muitos outros. Pesquisador de música mandingue, integrou o grupo Afro Koteban por 10 anos. É também diretor de bateria no Bloco Afro afirmativo Ilu Inã.
Salomão Jovino da Silva, Salloma
Possui graduação (1997), Mestrado (2000) e Doutorado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2005) com estágio no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. É músico e pesquisador, atuando principalmente nos seguintes temas: Culturas musicais de origem africanas; Dramaturgia e teatro negros; Políticas e práticas culturais negras no século XIX e XX; Identidades étnicas e movimentos negros urbanos; Sociabilidades negras em São Paulo; e Musicalidades africanas. Suas produções mais recentes tratam de Dramaturgias e teatros Negros no Brasil em parcerias com os Grupos Coletivo Negro e Cia Capulanas de Arte Negras.Músico e professor, pesquisador de Cultura Negras, Afrodiaspóricas e História da África. 6 CDs gravados, 3 DVDs, dois livros autorais e colaborador de revistas e grupos de pesquisa acadêmica e artísticos sobre culturas musicais africanas e afro-brasileiras, dramaturgia e teatro negros. Produz e executa eventos artísticos de temática negra e afrodiaspórica.
O CURSO POSSUI REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GERAIS, A SEREM INDICADAS APÓS A INSCRIÇÃO E/OU DURANTE AS AULAS
Aruanda Mundi
Aruanda Mundi é um coletivo empresa com foco na divulgação de atividades, eventos e trabalhos de artistas que tenham como base, especialmente, a cultura afro-brasileira