Artes cênicas | PALESTRAS

O ATOR E O TEXTO

Eduardo Wotzik

28 DE SETEMBRO | QUINTA | 20H | GRATUITO

Grande palestra com um dos mais importantes mestres das artes cênicas do Brasil.  O ATOR E O TEXTO com o ator, autor, diretor e produtor Eduardo Wotzik traz para o público a oportunidade de entrar em contato com os pensamentos e reflexões desse incansável artista. Durante duas horas, o aclamado diretor discorrerá um pouco sobre sua ciência adquirida em mais de 40 anos dedicados a investigação da cena. Tendo a relação ator e o texto como assunto principal, a palestra de Wotzik  quer dialogar com o participante, sobre os extraordinários e curiosos caminhos que levam um artista a realização de uma obra. A palestra de Wotzik além de responder ao interesse e curiosidade do espectador comum, é uma rara oportunidade de encontro da classe profissional com esse importante diretor.

Wotzik é sem dúvida um dos mais consistentes e investigativos homens do teatro brasileiro. Com mais de 40 anos dedicados a pesquisa da cena, psicólogo formado pela UFRJ, nasceu no Rio de Janeiro em 1959, e foi um dos fundadores de um dos mais importantes grupos de teatro do Brasil, o Grupo Tapa, onde atuou como diretor, ator e produtor durante dez anos em espetáculos aclamados pelo público e crítica como "Viúva, porém Honesta de Nelson Rodrigues, "Pinóccio, de Collodi "O Anel e a Rosa”,  de Thackeray, “O Noviço”, de Martins Pena, “A Casa de Orates”, Artur e Aloisio Azevedo, “O Alienista”, de Machado de Assis, entre outros. Já em carreira solo, se transformou em um dos mais representativos diretores cariocas de teatro, tendo dirigido entre outros, as extraordinárias tragédias gregas, "Tróia" de Eurípedes, e "Édipo Rei" de Sófocles, além dos espetáculos “Um Equilíbrio Delicado" de Edward Albee, "Escola de Mulheres, de Moliére,   “Oo Homem que Sabia Javanês”,  de Lima Barreto, "Yerma• de Federico Garcia Lorca, "0 Pássaro Azul" de Maeterlinck, "Emily", de Emily Dickinson, "Estilhaços, "Nos tempos de Araca” e  “Um Ensaio Aberto” de sua autoria. Dirigiu e atuou em mais de 50 espetáculos. Suas montagens sempre muito diferentes umas das outras, tem proporcionado ao público que o acompanha, espetáculos absolutamente diferentes a cada obra realizada, conquistando Prêmios Mambembe, Moliére, Shell, lbeu, MEC, Minc, e milhares de espectadores Brasil adentro, e mundo afora. Em sua carreira internacional, dirigiu em Lisboa, junto com Domingos Oliveira, - a convite do também saudoso humorista português Raul Solnado - o espetáculo "Confissões das Mulheres de Trinta". Wotzik voltou a Europa em 2012, agora para levar seu espetáculo "Bonitinha, mas Ordinária" ao Porto, no ano Brasil-Portugal, representar a arte brasileira, e celebrar o centenário de Nelson Rodrigues. Seu espetáculo "Millor impossível" - que desfilava em cena o melhor da obra de Millor Fernandes - também esteve em cartaz há dois anos em Lisboa. Criador de montagens que foram divisores de água no teatro brasileiro, como “A  sonata Kreutzer", de Tolstói com Luis Melo, “O interrogatório", de Peter Weiss, "A Geração Trianon” considerada "uma aula de teatro; “A  antológica "Bonitinha, mas Ordinária", de Nelson Rodrigues, ainda despontam na sua trajetória o Festival de Teatro Brasileiro, projeto que conquistou o Prêmio Minc pela contribuição ao teatro brasileiro, e mais recentemente o Festival Wotzik de Teatro Ie II, e as peças “Missa para Clarice”, de Clarice Lispector, e Hannah Arendt -U,a Aula Magna, ambas em repertório. Além da destacada carreira de produtor, diretor, ator e autor, Wotzik é também responsável pela formação de centenas de jovens atores que passaram durante 10 anos pelo Centro de investigação Teatral criado na Casa de Cultura Laura Alvim - Rio de Janeiro, e mais tarde, levando suas técnicas e pensamentos cênicos pelos variados espaços teatrais do país,  através de cursos, palestras, workshops e encontros e debates em Teatros privados e públicos do Brasil, Centros Coreográficos, Cidade das Artes, CCBBs, SESCs, Unidades da Caixa Cultural, Casa do Saber e companhias de Teatro.