SERVIÇO

Data: 11, 13 e 18/ago

Horário: 18h30 às 20H30

Local: encontros on-line (Via Zoom)

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Objetivo

Ao final do curso, espera-se que os alunos sejam capazes de:

• Compreender a importância histórica e artística da Valise Mexicana no contexto do fotojornalismo e da fotografia de guerra.
• Analisar as contribuições individuais de Robert Capa, Gerda Taro e David "Chim" Seymour para o registro da Guerra Civil Espanhola.
• Debater as implicações éticas e os desafios da representação de conflitos através da fotografia.
• Identificar as inovações estéticas e técnicas presentes nas fotografias da Valise.
• Desenvolver uma visão crítica sobre a autenticidade, proveniência e curadoria de acervos fotográficos históricos.
• Relacionar a Guerra Civil Espanhola com o cenário político e cultural da Europa na década de 1930.

Conteúdo Programático

Módulo 1: O Contexto da Guerra Civil Espanhola e a Ascensão do Fotojornalismo

• A Espanha antes da guerra: As tensões sociais, políticas e culturais que levaram ao conflito.

• O início da Guerra Civil: As facções em luta e as primeiras batalhas.

• Paris e a cena fotográfica dos anos 1930: O florescimento do fotojornalismo e a busca por novas formas de narrar.

• A imprensa ilustrada e a cobertura de conflitos: A importância crescente da fotografia na formação da opinião pública.

  
  

Módulo 2: Os Protagonistas – Capa, Taro e Chim

• Robert Capa: O mito e o homem por trás da câmera. Sua juventude, formação e a construção de sua persona lendária. Análise de seu estilo "próximo o suficiente" de fotografar.

• Gerda Taro: A pioneira e a mártir. Sua trajetória, sua influência na carreira de Capa e sua contribuição audaciosa na frente de batalha. O legado de uma mulher fotógrafa em um campo dominado por homens.

• David "Chim" Seymour: O humanista e o observador perspicaz. Sua abordagem mais sutil, focada nos impactos humanos da guerra e na vida cotidiana.

• A dinâmica do trio: Como a colaboração entre eles moldou a cobertura da guerra e o que podemos aprender sobre a autoria e a coautoria em um projeto fotográfico.

  
  

Módulo 3: A Descoberta da Valise Mexicana e Seu Impacto

• A "lenda" da Valise: Os rumores e a busca pelo material desaparecido.

• A redescoberta em 2007: O misterioso remetente e o trabalho de identificação e restauração dos negativos.

• O significado do achado: O que a Valise revelou sobre a autoria das imagens, o trabalho dos fotógrafos e a própria história da guerra.

• Desafios curatoriais e de preservação: Como lidar com um acervo de tamanha magnitude e importância.

  
  

Módulo 4: Análise Visual e Temática da Valise

• As frentes de batalha: Trincheiras, combates e o cotidiano dos soldados.

• O impacto na população civil: Retratos da resistência, do sofrimento e da esperança.

• Propaganda e contrainformação: Como as imagens eram usadas para influenciar a percepção pública.

• Inovação e estilo: Análise das técnicas, composições e abordagens visuais de cada fotógrafo.

• Imagens icônicas e suas histórias: O "Soldado Caído" e outros registros que marcaram época.

  
  

Módulo 5: Ética, Memória e Legado

• A ética do fotojornalismo de guerra: O papel do fotógrafo, a responsabilidade de retratar o sofrimento e a busca pela verdade.

• A construção da memória histórica: Como as imagens da Valise Mexicana moldam nossa compreensão da Guerra Civil Espanhola.

• O legado de Capa, Taro e Chim: A influência de seus trabalhos no fotojornalismo moderno e na compreensão da fotografia como documento histórico.

• Debate e reflexão: A importância de revisitar e reinterpretar acervos históricos à luz de novas informações.

  
  

  Bibliografia Sugerida (entre outros)

  • COLE, Teju. Black Paper: Writing in a Dark Time. Random House, 2021.

  • EDELMAN, Bernard. The Mexican Suitcase: The Rediscovered Civil War Negatives of Capa, Taro, and Chim. Steidl / ICP, 2010.

  • GEFTER, Philip. Photography After Frank. Aperture, 2009.

  • ROSENBLUM, Naomi. A World History of Photography. Abbeville Press, 2007.

  • SARASIN, Philipp. Photography and Its History. University of Chicago Press, 2017.

    
    

    Professor

    Milton Guran é fotógrafo, curador e antropólogo, doutor em Antropologia (EHESS, França, 1996), com pós-doutorado na USP (2004-2004), e mestre em Comunicação Social (UnB, 1991). Foi professor da Universidade de Brasília, da Universidade Gama Filha e da Univerisdade Candido Mendes, onde criou o curso de pós-graduação Lato Sensu Fotografia como instrumento de pesquisa na Ciências Sociais. É  pesquisador do LABHOI – Laboratório de História Oral e Imagem da UFF e curador independente na área da fotografia, com exposições realizadas em inúmeros museus e galerias no Brasil e no Exterior. 

    Dentre suas publicações autorais, destacam-se Encontro na Bahia 1979 (1979), Linguagem fotográfcia e informação (1992)  Agudás – Os Brasileiros do Benin (2000), Agoudas – les Brésilen du Bénin (2010), Architecture Agouda au Bénin et au Togo (com Roberto Conduru, em 2016), Gente não é lixo (com Ana Sallas, 2020), e o site www.acervoaguda.com.br, projeto ganhador do Prêmio Rumos  Itaú, dentre outras obras e artigos no campo da fotografia e da antropologia. 

    Como editor, coordenou o livro “Brasilia ano 20 – Depoimento de 35 fotógrafos” (AGIL, 1980); “Perfil do Poder”, de Orlando Brito (AGIL, 1981); a coleção Antologia Fotográfica – Walter Firmo, Juca Martins e Fotógrafos Pioneiros do Rio de Janeiro, organização de Pedro Vanquez (AGIL/Dazibao, 1989 – 1990); O Processo Constituinte (AGIL, 1988), além de inúmeros catalogos de exposições fotográficas no Brasil e no exterior.

    Foi um dos fundadores da AGIL Fotojornalismo (Braasília, 1980) e fotógrafo do Museu do Indio (Rio de Janeiro, 1986-89). Desde 1978 tem produzido uma vasta documentação sobre os povos originários no Brasil e sobre questões identitárias na África Ocidental. Em 2003, criou o FotoRio – Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro, inicialmente bienal depois anual, que este ano realiza a sua décima-quarta edição. 

    Ganhador por duas vezes do Prêmio Marc Ferrez da Funarte, da Bolsa Vitae, do Rumos Itaú - Patrimônio e dos prêmios ORI, da Prefeitura do Rio, e Orilaxé do Afroreggae, foi agraciado com a Ordem do Rio Branco e com a Ordem do Mérito Cultural do Governo Federal. 

OBSERVAÇÃO: Link para participação da aula será enviado via email ou whatsapp.

POLÍTICA DE CANCELAMENTO

Sobre cancelamento do curso/workshop por parte do aluno:

•         Com 7 dias de antecedência: reembolso integral;

•         Entre 6 dias e 48h antes do início do evento: reembolso de 50%;

•         Últimas 48h antes do início do evento e o não comparecimento; ao evento: sem reembolso.

Sobre cancelamento ou adiamento do curso/workshop por parte do Ateliê Oriente:

A realização do curso nas datas agendadas está sujeita a um número mínimo de participantes. Caso não seja atingido o quórum, ou por motivos de força maior, adiaremos a data de início em 15 dias. Você será avisado na data anterior e poderá optar em continuar matriculado ou ter os valores pagos restituídos integralmente num prazo máximo de sete dias.