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A Gagueira é um Ato Transgênero: Intersecções entre corporalidades disfluentes, gênero y sexualidade

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A Gagueira é um Ato Transgênero: Intersecções entre corporalidades disfluentes, gênero y sexualidade

18 abr - 2023 • 19:00 > 20 abr - 2023 • 21:00

Evento Online via Zoom
Evento encerrado

A Gagueira é um Ato Transgênero: Intersecções entre corporalidades disfluentes, gênero y sexualidade

18 abr - 2023 • 19:00 > 20 abr - 2023 • 21:00

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Descrição do evento

SOBRE:

com base na teoria aleijada-cuir (crip queer) y dos estudos críticos da deficiência, pretendo neste curso investigar a partir da experiência da gagueira como a normatização da fala (fluente), enquanto a única forma legítima de comunicação, mostra-se fundamental na manutenção do binarismo de gênero y da dominação masculina em uma sociedade patriarcal y corponormativa. 


a gagueira trata-se de uma neurodivergência que afeta muito mais homens do que mulheres na idade adulta (em uma proporção de 4:1). contudo, na literatura hegemônica que aborda a gagueira com base no modelo biomédico da deficiência, a exemplo da neurociência y da fonoaudiologia, determinismos biológicos ainda são empregados para explicar essa diferença. fatores sociais y culturais são ignorados y a agenda de pesquisa atual ainda gira em torno de achar alguma condição genética que possa explicar esse fenômeno.


nos últimos anos, temos testemunhado o surgimento dos estudos críticos da disfluência que buscam não só denunciar o determinismo biológico presente nas ciências médicas, como também evidenciar o caráter liminar da gagueira, uma condição que não é considerada nem como deficiência nem como normalidade por uma sociedade capacitista y fonocêntrica.


o curso propõe discutir a gagueira usando como interface as interseccionalidades entre gênero, sexualidade y deficiência. a partir da crítica dos corpos disfluentes proposta por autores como Joshua St. Pierre, Dane Isaacs, Christopher Constantino, Marc Shell y Zach Richter, todos homens gagos, bem como a partir da minha própria corpa, gaga y não-binária, busco refletir sobre como a deficiência é utilizada pelo capitalismo patriarcal para normalizar corpos dissidentes sob uma episteme hegemônica opressora y, assim, legitimar suas estruturas de dominação.


nesse sentido, a crítica ao fonocentrismo, ou seja, a valorização da fala em detrimento de todas as outras formas de comunicação não-hegemônicas, é crucial para melhor entendermos y denunciar a dominação cisheteromasculina, em que a patologização da gagueira y a consequente naturalização da fluência cumpre o propósito de criar a ilusão de que qualquer corpa dissidente pode falar a língua do seu opressor.


a hipótese central a ser explorada, portanto, é o quanto a fala (fluente) trata-se de uma das ferramentas cruciais na reprodução do papel de gênero da masculinidade hegemônica y repensar a gagueira como um ato transgênero, subversivo y disruptor.


primeira aula

1) breve história da deficiência

2) os modelos médicos, social y radical da deficiência

3) corpas aleijadas, corpas abjetas - a teoria aleijada-cuir

4) disability justice, apoio mútuo y interdependência

5) a gagueira é uma deficiência? doença ou neurodivergência


segunda aula

1) gagueira a partir dos estudos críticos da disfluência

2) capitalismo patriarcal y deficiência - como a patologização de corpas defiças sustenta a heteronorma colonial

3) por que a gagueira afeita mais homens do que mulheres? a construção da masculinidade fluente

4) a fala é o falo - a relação entre a dominação masculina y fonocentrismo

5) Orgulho Gago - o potencial disruptor y subversivo de corpas disfluentes



FACILITADORA:

gggustavo sofia fernandes [ela/ele] é gago, não-binária e ativista anarcafeminista. membra da Associação Brasileira Não-Binárie (ABRANB) y do coletivo Orgulho Gago, é também idealizadora do projeto Gagofonia, que buscar discutir a gagueira sob uma perspectiva crítica e anticolonial. mestra em Sociologia e Antropologia pela UFRJ e editora audiovisual pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro, seu foco de pesquisa reside na intersecção entre os estudos radicais da deficência, anarquismo, teoria aleijada-cuir y pensamento anticolonial.



INFORMAÇÕES:

Datas: 18/04 + 20/04, das 19h às 21h


Valores conscientes, você paga o quanto pode no momento!

Opção 01 - Mínimo: R$50

Opção 02 - Intermediario: R$65

Opção 03 - Ideal: R$80

Opção 04 - Fortaleceu demais: R$95

Social: R$35 (opção disponível para mulheres negras, indígenas, pessoas trans e pcds)


BOLSA INTEGRAL: se você quer fazer este curso mas não dispõe de recursos financeiros no momento, mande um e-mail para [email protected] contando um pouquinho de você e como esse conteúdo pode ser importante <3

Serão disponibilizadas bolsas para todes que solicitarem, até que o limite de vagas da atividade seja atingido


Precisa de interprete de libras? Manda um e-mail com o pedido para [email protected]


Curso online e ao vivo, via plataforma Zoom

Todas as aulas são gravadas e disponibilizadas para quem estiver inscrite (vídeo disponível no drive por um mês após a realização do curso)

Emissão de certificado de participação de curso livre para quem assistir às aulas ao vivo.


Classificação indicativa: 18 anos

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BRAVA

A Brava é um espaço dedicado à discussão e compartilhamento de conhecimento e trabalhos feitos por mulheres e pessoas trans. Promovemos cursos de diferentes áreas com trocas horizontais, que subvertem lógicas pré estabelecidas, fomentando um pensamento crítico, atravessado por discussões raça, classe, gênero e sexualidade. Assim movimentamos pessoas, oferecendo um espaço seguro e acolhedor para compartilhamento de saberes em um ambiente pensado para fomentar trocas e expandir conexões.

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