30 ago - 2025 • 10:00 > 30 ago - 2025 • 13:00
30 ago - 2025 • 10:00 > 30 ago - 2025 • 13:00
SOBRE:
O aulão "A Crise da Masculinidade no Brasil Contemporâneo" propõe uma análise crítica e interseccional das representações e configurações das masculinidades no contexto atual. Partindo da noção de “crise”, a proposta é refletir sobre o que está em jogo quando se afirma que as masculinidades estão em crise: trata-se de uma perda de privilégios? De uma instabilidade identitária? De uma tensão entre modelos antigos e novas expectativas sociais?
A chamada “crise da masculinidade” tem ganhado espaço no debate público, ora como alerta conservador, ora como diagnóstico de um processo necessário. Mas será mesmo uma crise? Ou é a desconstrução de um modelo que, por muito tempo, se sustentou na repressão emocional, na negação da vulnerabilidade e na exclusão do outro? Serão levantados conceitos sobre a construção social da masculinidade, com destaque para a ideia de masculinidade hegemônica (Connell) e suas alternativas, como as masculinidades subalternas, cúmplices, marginais e dissidentes. Pensaremos também a noção de masculinidade como performance, inspirada nas formulações de Butler, evidenciando o papel da mídia, da cultura de consumo e dos corpos na reprodução de certos modelos de masculinidade.
O que se entende por “crise da masculinidade”? Desenharmos caminhos sobre a crise da
identidade, do papel social ou do poder simbólico que afeta as camadas que se constituem
dentro do espectro da masculinidade, a fim de questionar quem enuncia essa crise, quem é afetado por ela e de que formas ela se manifesta em diferentes grupos sociais, com ênfase nas consequências subjetivas. Será realizado um pequeno mapeamento de experiências diversas de homens em diferentes contextos: homens negros, cristãos, gays, trans, indígenas e brancos urbanos,a fim de evidenciar as tensões e resistências específicas vividas por esses grupos diante de modelos normativos de masculinidade e quais atravessamentos se interpelam no que é chamado de crise, dentro de cada grupo. Ao mapear diferentes experiências e confrontar a ideia de uma masculinidade única, a proposta é abrir espaço para pensar futuros possíveis: é possível ser homem de outra forma? Uma masculinidade antirracista, anticolonial, cuidadora, plural?
Será pensado como a mídia funciona como instrumentos de crítica e de reinvenção da
masculinidade, seja pela produção audiovisual, literária, teatral e outras camadas. Intelectuais como Raewyn Connel, Michael Kimmel, Bordieu, Butler, Joan Scott, Paul Preciado, bell hooks, Fanon, Ailton Krenak, Grada Kilomba, Richard Reeves, Tulio Augusto Custódio, Bruno Santana e outros serão uusamos como caminhos possíveis para desmistificar o que pode ser entendido enquanto crise universal. Pensemos o aulão enquanto uma discussão coletiva sobre novas possibilidades de ser homem, a partir de perspectivas de cuidado, corresponsabilidade, afeto e desmonte da busca pelo Homem.
IDEALIZAÇÃO E FACILITAÇÃO:
Esteban Rodrigues
Homem trans e negro, do subúrbio de Salvador. Autor das obras Sal a gosto (2018) e Com mãos atadas e como quem pisa em ovos (2021). Integrante das coletâneas Poemas de Amor e Guerra (2021), Corpos Transitórios (2021), Transmasculinidades Negras (2021), Transjardinagem/Transespécie (2022) e Narrativas Imprevisíveis (2023). Graduado em Letras Vernáculas com Língua Estrangeira Moderna (UFBA), Mestre em Literatura, História e Crítica (UFPR). Pesquisador de gênero, professor e poeta.
INFORMAÇÕES:
Data e horário: 30/08 das 10h às 13h
Valores conscientes, você paga o quanto pode no momento!
Opção 01 - Mínimo: R$30
Opção 02 - Intermediario: R$50
Opção 03 - Ideal: R$70
BOLSA INTEGRAL/PARCIAL: se você quer fazer este curso mas não dispõe de recursos financeiros no momento, mande a sua solicitação de bolsa através do seguinte formulário: https://forms.gle/4S8z62sTcsdr9tRV9
Curso online e ao vivo, via plataforma Zoom
Todas as aulas são gravadas e disponibilizadas para quem estiver inscrite (vídeo disponível no drive por um mês após a realização do curso)
Emissão de certificado de participação para quem assistir às aulas ao vivo.
Classificação indicativa: 18 anos
Cancelamentos de pedidos serão aceitos até 7 dias após a compra, desde que a solicitação seja enviada até 48 horas antes do início do evento.
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BRAVA
Um espaço de construção de comunidades a partir do compartilhamento de conhecimentos e à produção de saberes contra-hegemônicos. Os caminhos desenhados pela Brava passam por cursos, oficinas, aulões, rodas de conversa e outras iniciativas educacionais, centradas em discussões sobre raça, classe, sexualidade, gênero, colonialidade e pela formação de um pensamento crítico no geral, idealizadas e facilitadas por sujeites que moldam suas vozes a partir do enfrentamento à esses sistemas.
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