23 mar - 2021 • 19:00 > 21:30
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Oficinas de História 1° semestre 2021 – IPN
Patrocínio: Globo S/A via Lei Municipal de Incentivo à Cultura RJ
23/03 Entre Cristo e os loa: cristianismo e Vodu na história do Haiti
Profº Dr. Alfredo Cruz - Doutor em História pelo PPGH/UERJ (2015-2019). Mestre em História pelo PPGH/UNIRIO (2011-2013). Bacharel e Licenciado em História pela PUC-Rio (2005-2009). Bolsista CAPES (2015-2019) e FAPERJ/Nota 10 (2017-2019). Coordenador associado do GT de História das Religiões e Religiosidades da ANPUH-Rio.
Sinopse: Durante a maior parte de sua história, desde a colonização espanhola até a atualidade, o Haiti tem sido oficial e predominantemente um país cristão, principalmente católico romano, embora o cristianismo haitiano tenha sido profundamente modificado e influenciado pelas tradições religiosas africanas e, em menor proporção, ameríndias. Um comentário comum na literatura a respeito deste país, de fato, é que sua população é 70% católica, 30% protestante e 100% praticante do Vodu, um paradoxo factualmente impreciso que exprime, entretanto, de modo bastante exato uma realidade em que há uma superposição significativa de ritos, crenças, imagens e instituições religiosas, em reiterado processo de hibridização, concorrência e atrito.
Tal circunstância deve-se às peculiaridades da história haitiana, marcada a um só tempo pela resistência das tradições religiosas africanas e ameríndias em espaços mais ou menos marginais, mas fundamentais para a organização da cultura e sociedade locais, pelas tentativas da elite ocidentalizada de suprimir aquilo que tinham como superstições, e por uma interessante circulação de ideias e bens simbólicos entre oprimidos e opressores. Partindo de tais considerações, o que se objetiva na oficina é apresentar de forma introdutória e sinóptica as histórias inter-relacionadas do cristianismo católico e protestante e do Vodu haitiano, destacando as fricções existentes entre estas religiões e delas com os contextos sociopolíticos e econômicos nos quais se desenvolveram nesta região em particular. Pretende-se, desta forma, fornecer aos alunos informações mínimas para que possam vir a desenvolver estudos futuros a respeito de temas correlacionados.
Importância da oficina:
As oficinas atuam como um complemento ao ensino da história e da cultura da África, dos afro-descendentes e dos indígenas, preconizado nas leis 10.639 e 11.645, na medida em que revelam aspectos pouco divulgados nos cursos de história convencionais. Com isso, o IPN entende contribuir para a construção de uma reflexão crítica e de uma sociedade mais justa e igualitária, mais receptiva à compreensão das diferenças sócio-culturais.
Objetivos:
ampliar o acesso à história e memória da escravidão no Rio de Janeiro
difundir as culturas afro-brasileiras, africanas e indígenas;
valorizar o patrimônio histórico e arqueológico regional e nacional;
proporcionar a educação patrimonial aos jovens e à população em geral.
Esperamos que essa experiência online promova um rico campo de
conhecimento com o conforto e dialogando com a diversidade cultural e
patrimonial sem fronteiras.
Importante:
As oficinas gratuitas serão ministradas no formato online via aplicativo Zoom, fica atento nas informações abaixo:
Horário para entrar na plataforma Zoom as 19 horas com tolerância máxima de atraso de 15 minutos;
Duração de 2 horas cada oficina;
Para ter acesso a aula baixe o aplicativo Zoom (https://zoom.us/download );
No final de cada oficina, será disponibilizado o certificado.
Nos vemos em breve!
Este evento tem a comodidade e a praticidade de uma transmissão online com a melhor experiência garantida pela Sympla.
* A transmissão é disponíbilizada um pouco antes do início do evento
INSTITUTO DE PESQUISSA E MEMÓRIA PRETOS NOVOS - IPN
O Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN), foi criado em 13 de maio de 2005, com a missão de pesquisar, estudar, investigar e preservar o patrimônio material e imaterial africano e afro-brasileiro, cuja conservação e proteção seja de interesse público, com ênfase ao sítio histórico e arqueológico do Cemitério dos Pretos Novos, sobretudo com a finalidade de valorizar a memória e identidade cultural brasileira em Diáspora.