16 mai - 2019 • 19:30 > 16 mai - 2019 • 21:30
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Saberes tradicionais e saberes científicos: Pontos de aproximação e conflito
O Dialogando com o Folclore é um projeto desenvolvido anualmente pelo Museu do Folclore de São José dos Campos, por meio de cursos e palestras, destinado a estudantes universitários, educadores, pesquisadores e interessados. Tem como objetivo gerar reflexão e diálogo sobre temas importantes ligados aos estudos dos saberes populares. Neste ano, o propósito é oferecer como tema a relação entre as ciências e as tecnologias, com o folclore e a cultura popular, os saberes tradicionais. A ideia central é construir um quadro com várias narrativas, envolvendo experiências de trabalho com saberes de variados matizes. Serão seis encontros realizados de maio a julho, nas seguintes datas: 16 e 30 de maio, 12 e 27 de junho, 11 e 25 de julho, entre 19h30 e 21h30. Eles acontecerão no auditório do Museu Municipal de São José dos Campos (exceto dia 12 de junho, o local ainda será confirmado).
Dia 16 de maio: Fusão de Saberes, uma oportunidade de união para sobrevivência da humanidade. Palestrante: Antonio Donato Nobre.
Sinopse
O mundo é um local rico e complexo, que nos oferece um confortável e maravilhoso lar cósmico. Devido à expansão explosiva e ignorante dos limites da natureza, os humanos, ditos civilizados, estão empurrando a Terra para a beirada de um abismo existencial sem fundo. Mais do que nunca, é preciso contemplar os modos alternativos de existência em harmonia com as leis da natureza. E ninguém conhece melhor as leis da natureza do que os povos originários que ainda mantém e cultivam seu saber milenar. Hoje a chamada ciência do branco permite comprovar ‘cientificamente’ a superioridade holística do saber nativo. A palestra fará uma comparação ilustrada desses dois saberes, esclarecendo porque a sociedade deve honrar e preservar os povos originários, não somente por seu valor intrínseco, mas por ela própria depender de se reabilitar neste saber para sua própria sobrevivência.
Currículo
do palestrante
Antonio Nobre é graduado em Agronomia pela Universidade de São Paulo (1982), tem mestrado em Biologia Tropical (Ecologia) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (1989) e é PhD em Earth System Sciences (Biogeochemistry) pela University of New Hampshire (1994). Atualmente, é pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e pesquisador visitante no Centro de Ciência do Sistema Terrestre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, onde lidera o grupo de modelagem de terrenos. Tem experiência na área de Ecologia e Geociências, com ênfase em Biogeoquímica, atuando principalmente nos seguintes temas: evolução da vida na terra, ecologia de florestas, ciclo do carbono, efeito estufa, relações biosfera-atmosfera, hidrologia, clima e mudanças globais, sensoriamento remoto, modelagem matemática da paisagem e ordenamento territorial empregando modelos digitais de terrenos. Tem relevante atuação na divulgação e popularização da ciência, em temas como a Bomba Biótica de Umidade e sua importância para a valorização das grandes florestas, e os Rios Aéreos de Vapor, que transferem umidade da Amazônia para as regiões produtivas do Brasil. Atua também na agenda de inovação científica e tecnológica, com a liderança no desenvolvimento do novo modelo HAND de terrenos, aplicado na predição de áreas de risco para inundações e deslizamentos de terra. Atua em variados tópicos na agenda de desenvolvimento sustentável para a Amazônia e tem destacada atuação na popularização da ciência. Ainda atua no Experimento de Larga Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA), além de participar no Terrestrial Carbon Observations Panel (GTOS-TCO). Foi relator nos estudos sobre o Código Florestal, promovidos pela SBPC e Academia Brasileira de Ciências. Foi membro do Comitê Científico Superior do Global Carbon Project (IGBP_GCP) e do comitê do Global Canopy Program (GCP_WFO).
Praça Afonso Pena, 29 Centro
São José dos Campos, SP
Museu do Folclore
O Museu do Folclore de São José dos Campos é uma unidade da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, gerido pelo Centro de Estudos da Cultura Popular - CEPC, organização da sociedade civil sem fins lucrativos. O museu foi criado em 1987 e possui, atualmente, mais de 2 mil peças em seu acervo, que identificam as diferentes manifestações da cultura popular do Vale do Paraíba, incluindo as da exposição de longa duração.
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