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Curso Espelhos de Eros na obra de Hilda Hilst

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Evento encerrado

Curso Espelhos de Eros na obra de Hilda Hilst

02 nov - 2020 • 19:00 > 18 dez - 2020 • 22:00

 
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Descrição do evento

Curso: Espelhos de Eros na obra de Hilda Hilst

Coordenado por Eliane Robert Moraes, professora da Usp e uma das mais importantes intérpretes de Hilda Hilst, o curso visa a explorar as diversas faces que o erotismo assume na literatura da autora. Para tanto a coordenadora, que ministrará a aula inicial, convidou um time de estudiosos da obra hilstiana, tendo em vista o exame da erótica filosófica (Aline Leal), da erótica trágica (Andréa Leitão), da erótica plástica (Juliana Caldas), da erótica senil (Marcos Visnadi), e da erótica pornográfica (Vania Gumiero).


  • Aula 1: As mil faces de Eros em Hilda Hilst

    • Datas: Segunda-feira, 2 de novembro, às 19hs, aula ao vivo / Sexta, 6 de novembro, às 19hs, reprise gravada da parte expositiva da aula ministrada no dia 2.

      A Profª Eliane Robert de Moraes retornará após a última aula, no dia 18 de dezembro, para, ao vivo, conversar com os participantes e encerrar o curso.

    • Professora: Eliane Robert Moraes

  • Aula 2: A Erótica Filosófica

    • Data: Sexta, 13 de novembro, às 19hs.

    • Professora: Aline Leal

  • Aula 3: A Erótica Trágica

    • Data: Sexta, 27 de novembro, às 19hs.

    • Professora: Andréa Leitão

  • Aula 4: A Erótica Plástica

    • Data: Sexta, 04 de dezembro, às 19hs.

    • Professora: Juliana Caldas

  • Aula 5: A Erótica Senil

    • Data: Sexta, 11 de dezembro, às 19hs.

    • Professora: Marcos Visnadi

  • Aula 6: A Erótica Pornográfica

    • Data: Sexta, 18 de dezembro, às 19hs.

    • Professora: Vania Gumiero

      * Após a Aula da Profª Vania Gumiero, a Profª Eliane Robert de Moraes retornará para fazer uma mesa de encerramento.  

       



Argumento


Lançado em 1990, O caderno rosa de Lori Lamby foi considerado um livro de virada radical na literatura de Hilda Hilst. Leitores, amigos e críticos declararam perplexidade diante da “nova fase” da autora que, após quatro décadas dedicadas a uma obra “séria”, passava a praticar o que parecia ser o mais deslavado gênero pornográfico. Ela, por sua vez, reagiu a tal desconfiança com declarações irônicas, no mais das vezes justificando a opção pela falta de dinheiro.

A rigor, não era a primeira vez que Hilda Hilst se aventurava pelas searas literárias do obsceno. Vinte anos antes de publicar o escandaloso Caderno rosa, ela já visitava esses domínios, iniciando uma exploração do erotismo sem precedentes nas letras brasileiras, que a ocuparia até o fim da vida. Tome-se, por exemplo, A obscena senhora D que, desde o título, supõe uma atenção particular ao corpo libidinoso. Publicado em 1982, o texto faz tabula rasa de todos os discursos para combinar inquietações metafísicas com prazeres escatológicos, dúvidas teológicas com revelações eróticas, problemas da alma com questões do sexo, expondo os pontos de toque entre o pensamento e as demandas carnais.

Por certo, reside aí a grande novidade inaugurada pela prosa hilstiana, que se dispõe a realizar uma inesperada incursão pelos domínios mais baixos da experiência humana, sem abrir mão das questões metafísicas. Ao confrontar sua poética do puro e do imaterial com o reino do perecível e do contingente que constitui a vida de todos nós, a escritora submete os modelos abstratos aos imperativos concretos da matéria.

O recato da investida dos primeiros livros de poesia em direção ao ideal amoroso, humano ou divino, é substituído então pela violência de uma lírica que se torna cada vez mais atravessada pelas contingências de uma vida marcada pela sensualidade, e tragicamente atrelada à morte. Leia-se, por exemplo, o poema de abertura de Do desejo:


Porque há desejo em mim, é tudo cintilância.

Antes, o cotidiano era um pensar alturas

Buscando Aquele Outro decantado

Surdo à minha humana ladradura,

Visgo e suor, pois nunca se faziam.

Hoje, de carne e osso, laborioso, lascivo

Tomas-me o corpo. E que descanso me dás

Depois das lidas. Sonhei penhascos

Quando havia o jardim aqui ao lado.

Pensei subidas onde não havia rastros.

Extasiada, fodo contigo

Ao invés de ganir diante do Nada.


Entre a erótica pornográfica de Lori Lamby e a violência poética de versos como esses, Hilda Hilst vai explorar diversas faces do erotismo que ficaram de certa forma incógnitas diante de sua literatura mais escandalosa. O objetivo deste curso é iluminar esses espelhos de Eros na obra hilstiana.

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