3 nov - 2020 • 19:00 > 6 nov - 2020 • 20:30 Ver datas e horários
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Descrição do curso:
Nos anos 1960 e 1970 a América Latina viveu uma série de golpes militares que geraram anos de ditadura, formando um dos piores períodos políticos do continente. Com o apoio dos Estados Unidos, os governos formados pelos militares no Brasil (de 1964 até 1985), no Chile (de 1973 a 1990), na Argentina (1976 a 1983) e no Uruguai (de 1973 a 1985) restringiram, prenderam, torturaram, exilaram e mataram seus opositores formando aquilo que foi conhecido como Os anos de chumbo, onde a censura foi ferrenha atingindo todos os meios de comunicação e a produção artística em geral. Durante o período dos governos militares os cinemas destes países atuaram sob a égide da censura moldando sua temática dentro do possível. Após o fim deste processo as cinematografias tomaram outros rumos e responderam à história também de acordo com a postura tomada pelos governos subsequentes em seus países.
A ditadura brasileira abrandou a partir da promulgação da Lei da Anistia (1979) que reverteu punições para os cidadãos brasileiros que, entre os anos de 1961 e 1979, foram considerados criminosos políticos pelo regime militar. Esta lei que anistiou a esquerda, anistiou a direita também e acabou não punindo quem prendeu, torturou e matou. Os crimes cometidos no Brasil (tanto do lado dos militares quanto do lado da oposição) foram prescritos e assim se colocou uma pedra em cima do período mais truculento da história do país. Neste curso vamos abordar a cinematografia brasileira no antes, durante e depois dos golpes militares com foco nas suas particularidades estético narrativas e nas formas como se posicionaram perante os dados da história.
O começo, o cenário em que se encontrava o país e os filmes combativos do Cinema Novo, passando pela resiliência da arte nos anos de censura e repressão, até a revisão do período através de filmes feitos no calor da hora (Cabra Marcado para Morrer, Prá Frente Brasil) até com uma distância histórica como O que é isso companheiro. Também vamos analisar os filmes feitos por cineastas que viveram o período da ditadura e por pessoas mais jovens, muitas vezes buscando contar a história de algum familiar morto ou desaparecido.
Nascida em Porto Alegre, RS, em 12 de janeiro de 1964. Bacharel em Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo pela Famecos/PUC RS (1986). Mestre (1990) e Doutora (2000) em Cinema pela ECA/USP. Pós Doutoranda em Design pelo PPG Design da Faculdade de Arquitetura da UFRGS, supervisionada pelo Prof. Dr. Maurício Bernardes (2019 / 2020). Membro do Comitê Científico da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema – Socine – estão 2019/2020.
Avaliadora do BASIS / INEP capacitada pelo Curso “Capacitação para Permanência no Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (BASis)”, na modalidade à distância, com carga horária total de 90 horas (2019).
Professora do Curso de Publicidade e Propaganda da PUC RS (1993-2001); Professora do Curso de Comunicação da UFRGS (1999-2003); Professora dos Cursos de Design e Jornalismo da ESPM –Sul (2010-2016) e Professora dos Cursos de Realização Audiovisual, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Fotografia da Unisinos- RS (2003-2020) Diretora, produtora e roteirista, realizou os filmes de curta-metragem PRAZER EM CONHECÊ-LA (1987), MAZEL TOV (1990), O CASO DO LINGUICEIRO (1995) e A NOITE DO SENHOR LANARI (2003), UM DIA NO MERCADO (1998) e os documentários de média metragem O POVO DO LIVRO (2001), ILHAS URBANAS (2005) e CERTOS OLHARES (2008), CLARITA (2016) e PORTA RETRATOS (2016). Vencedora do Edital de desenvolvimento de roteiro de longa-metragem de ficção SAV / MINC com o projeto DUAS IGUAIS (2009). Desenvolveu a pesquisa GLOBO FILMES PARA UM GLOBO PÚBLICO junto ao Núcleo de Pesquisas e Publicações da ESPM-Sul. Dirigiu os curtas metragens O ÚLTIMO CHOCOLATE (2013) e O FUSCA E A DONA HORTÊNCIA (2014), selecionados pelo projeto Histórias Curtas, da RBSTV de Porto Alegre, com exibições na TV aberta e na TV paga (Canal Brasil). Produtora Executiva da Série Televisiva LUA EM CÂNCER (SAV/MINc e TVE RS) dirigida por Lisiane Cohen, 2017. Roteirizou e Dirigiu o documentário VOZES para a Agência Experimental de Comunicação da Escola da Indústria Criativa da Unisinos (2019). Trabalha no desenvolvimento e acompanhamento de projetos audiovisuais nas empresas Panda Filmes e Linha de Produção (2018-).
Dúvidas entrar em contato pelo email: [email protected]
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Gabriela Güez