22 mar - 2021 • 19:00 > 5 abr - 2021 • 21:00
Evento Online via Google Meet
Nas últimas décadas a esfera social vem passando por uma espécie de desintegração. O passado, o presente e o futuro tornaram-se imagens turvas, ficções de tempo, às vezes inapreensíveis com o devido peso necessário. Estamos imersos naquilo que Mark Fisher chamou de realismo capitalista, um campo ideológico transpessoal, uma estrutura de sentimento que coloniza o inconsciente cultural em acordo com as premissas do neoliberalismo.
Desse modo, não seria diferente quando se trata das zonas de sentido da “arte contemporânea”, pois há atravessamentos explícitos do sistema de equivalência geral do neoliberalismo aos modos de vida que a arte se dispõe a articular. O “fim da história” de Fukuyama, tão criticado no passado, parece capturar o presente, fazendo desaparecer não apenas o sujeito da História, como também a capacidade política das formas de vida atuais em produzir o amanhã. A arte enquanto produção de um horizonte também se desarticula, na medida em que adentra num cinismo que simula a política.
O período do curso, pretende percorrer o diagrama complexo das relações de forças que se estabelecem no presente em articulação com questões relativas ao campo da arte, universidade, cultura, política e sociedade de fluxos.
O curso tem como referências bibliográficas (ferramentas de navegação) autores e autoras como Mark Fisher, Hall Foster, Boris Groys, Hito Steyerl, Martha Rosler, entre outros.
carga horária: 9H
valor: r$ 85,00
vagas: 20 (3 bolsas disponíveis)
datas: 22, 29 de Março e 05 de Abril - 2021
19h
plataforma: google meet
email: [email protected]
Ali do Espírito Santo
Artista, curador independente e ensaísta. Possuí graduação em Artes pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escreve para o site Trunoir (Paris - França) e realiza mestrado em Psicologia Social pelo PPGPSI-UFRGS com pesquisa em processos cibernéticos, políticas xenofeministas e horizontes de aceleração.