27 nov - 2019 • 18:00 > 27 nov - 2019 • 22:00
É hoje uma reconhecida lenda da música jamaicana mas sua história remonta uma história comum a muitos que sonhavam em ser artistas em um quente cenário musical da Jamaica da década de 60.
Clinton viveu até os 15 anos em Saint Catherine e foi la que ele começou a dar seus primeiros passos musicais, como muitos, fez parte do coral de jovens da igreja adventista local.
Mas foi aos 16, quando mudou-se para Kingston com sua mãe, que ele encontrou o cenário efervescente da capital. Dividia seu tempo entre os trabalhos na construção cívil e seu primeiro grupo musical “The Brothers”. Tentaram audições em estúdios renomados como Treasure Isle de Duke Reid e Studio 1 de Coxsone Dodd mas nunca obtiveram sucesso.
Foi então que em 1969, os Gladiators iniciaram uma busca por Terceira voz para o grupo, que já tinha um grande hit local “hello carol”.
Nessa busca, Errol Grandison [um dos vocalistas do grupo] simplesmente passou por Clinton que tocava e cantava em frente a sua casa e resolveu convidar o jovem e desconhecido músico para conhecer o outro vocalist do grupo e ensaiar algo. Alberto Griffiths, fundador do grupo não só aprovou o jovem Clinton de 18 anos como já o recrutou para novas sessões que o grupo tinha no studio 1 de Coxsone Dodd.
A partir dai Clinton assume uma das vozes do grupo e também o baixo.
Com seu baritone distinto e poderoso, Clinton ganhou espaço no grupo e assinou grande clássicos como On the otherside, Chatty Chatty Mouth, Richman Poor Man, Let Jah be Praised, Untrue Girl.
Ao longo de 18 anos Clinton se dividiu entre os Gladiators e também a gravações solo, trabalhou com todos os grandes produtores jamaicanos da década de 70, como quando foi músico de estúdio de Lee Perry.
Dono do baixo do estúdio Black Ark, podemos escutar suas linhas em músicas de grandes como Junior Byles, Max Romeo, Congos e inúmeros outros. Também no Black Ark, Clinton gravou um de seus mais expressivos números solos, a magistral composição Togetherness.
Depois de girar todo mundo com seu trabaho e chegar em paises de menor tradição para a música jamaicana como Marrocos, Fearon decidiu deixar o grupo e seguir apenas com sua carreira solo e imigrou para Seatle/EUA em 1987.
Desde então Clinton lançou mais de 10 discos e se firmou como uma das maiores vozes do reggae e com 50 anos de carreira completados este ano, segue gravando e girando o mundo com dois shows distintos, um com banda e outro acústico apenas ele e seu violão com um repertorio de clássicos de sua carreira solo e do Gladiators que tem em comum, o violão como ponto de partida da composição.
Um show minimalista que traz a raiz do violão norte Americano do blues, para novamente conversar com a música jamaicana que o havia colocado de lado depois que lançou-se como musica popular, ainda no fim da década de 50.
E pela primeira vez esse raro show será apresentado no Brasil, um belo presente de meio século de carreira desse mestre para o publico brasileiro.
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