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Círculos de Memória e Perversão com Rodrigo Masina

Eventos para você

Círculos de Memória e Perversão com Rodrigo Masina

23 mai - 2022 • 19:30 > 23 mai - 2022 • 21:30

Evento Online via Zoom
Evento encerrado

Círculos de Memória e Perversão com Rodrigo Masina

23 mai - 2022 • 19:30 > 23 mai - 2022 • 21:30

Evento Online via Zoom
Evento encerrado

Descrição do evento


  • Segundas e Quartas de 19hs30 às 21hs30

  • Carga horária: 14h

  • 07 encontros (via zoom)

  • de 23/mai a 13/jun


Círculos de memória e perversão tece uma conversa em torno do que a palavra perversão emana. Trata-se de uma pesquisa sobre fotografia e infância lgbtia+ que explora os destinos possíveis dessa palavra. Talvez seja ela o maior vínculo entre as muitas imagens da dissidência. Um vínculo seco, puído, moralizador, fabricado através de uma palavra extremamente fértil. Que beira a violência e o prazer. Que quase não pode ser usada sem censura. Que extirpa da infância a inocência e provoca uma ideia de desvio. Que também é subversão. A fotografia da perversão é às vezes a imagem do nosso afeto, do nosso corpo, é o nosso rosto real. Como reescrever a nossa história por cima das imagens que fizeram de nós. Como perverter a linguagem para que ela se pareça com a nossa vida. Acompanho uma seleção de mais de 110 trabalhos em fotografia e cinema para entender como se constróem as autobiografias dissidentes. Como fizemos para conceber a nossa história a despeito dos regimes heterossexistas, das subjetividades encarceradas e dos vários processos de mutilação narrativa. A intenção das aulas é também conhecer as poéticas de artistas que à sua maneira encontraram um vocabulário visual.  

As aulas se parecem muito com um diário. Devo me colocar vulnerável, contar como a fotografia entrou na minha vida e como a linguagem foi aos poucos possibilitando a minha existência. A infância desviante, especialmente, é uma vertente ainda pouco confrontada dentro dos cursos de fotografia. Como as artistas lgbtia+ escolheram contar sobre quem foram e como as novas iconografias surgem. A fluidez das identidades e da própria imagem. É preciso falar de gênero e fotografia. De sexualidade e fotografia. De relações sociais e fotografia. Na realidade, é preciso produzir tudo isso antes de fotografar, produzir gênero, sexualidade e relações. A história dos círculos é de legado e vida. Um pensamento sobre autobiografia dissidente na fotografia contemporânea.


METODOLOGIA


O programa prevê 7 aulas virtuais que serão dadas através da plataforma Zoom. Cada aula terá 2 horas de duração. O conteúdo da Aula mestra foi desenhado para formar um sistema vivo, cheio de interligações entre si, compondo um mapa mental que será percorrido durante as aulas. Ao total, 12 círculos e 4 réguas contém as fotografias, vídeos, textos e links que serão explorados por nós.

A escolha por uma constelação nasce, principalmente, na necessidade de organizar os trabalhos em temas subjetivos e não limitá-los a eles. Slides lineares não ofereceriam essa visão panorâmica e fluída. E, apesar da paisagem aberta, sou capaz de aproximar nos detalhes de cada fotografia, afastar, reproduzir em tela cheia, tudo que for necessário.

As aulas são organizadas da seguinte forma: serão dois círculos por aula. Os círculos giram no sentido anti-horário. Sou capaz de ir e voltar até algum círculo de aulas futuras ou passadas para pequenos apontamentos. Essa viagem enriquece a nossa metodologia e gera um maior controle e liberdade sobre o rumo das nossas conversas. Ao final, chegaremos nas réguas no lado direito do mapa, onde estão os trabalhos autorais, assunto da nossa última aula.


CONTEÚDO


1° encontro: 
Círculo 1 – Claude Cahun e Marcel Moore
Introdução à perversão. Vida e obra das duas artsitas. A colaboração no universo queer.
Surrealismo e inauguração de linguagem.
Círculo 2 – O não limite do gênero + A série-ensaio
Introdução ao estudo do filme-ensaio. O equilíbrio entre o confessional e o documental.
Pensamentos sobre Robert Bresson.

2° encontro: 
Círculo 3 – A terceira fila, memória da ilegalidade
Autobiografia dissidente. A perversão e a perversidade são pai e mãe da nossa memória.
Tornar-se visível.
Círculo 4 – Água viva
Trabalhos de artistas lgbtia+ que lidam com a água e porque esse elemento nos representa.

3° encontro: 
Círculo 5 – Fotojornalismo e imperialismo
A fotografia não-extrativa, não-exploratória e não-dissociativa proposta por Ariella Azoulay e
outras pensadoras.
Círculo 6 – Retomada da história ou Vertóva: uma corpa com uma câmera
Uma seleção de trabalhos que reescrevem, reinventam ou restituem a história do mundo no
ponto de vista lgbtia+, mas não só.

4° encontro: 
Círculo 7 – Corpo histórico
Reconhecimento do legado e famílias dissidentes. Fortalecimento de uma linguagem
múltipla. Qual pode ser o papel da fotografia?
Círculo 8 – Idílico
Fotógrafos que abordam as questões de guetos, retiros queers e lugares utópicos.

5° encontro:
Círculo 9 – A ressignificação é erótica
O corpo, o sexo e o afeto como artifícios para a reafirmação da identidade. Seleção de
trabalhos que focam no corpo.
Círculo 10 – Uma ruína para a palavra amor
Uma seleção de trabalhos que falam sobre o amor romântico e os seus apagamentos.

6° encontro:
Círculo 11 – Infância na fotografia dissidente
Uma seleção de fotografias e performances que abordam a infância dissidente de diferentes
formas.
Círculo 12 – Família segundo o olhar dissidente
Uma seleção de fotografias sobre as construções familiares.

7° encontro: 
Trabalho autoral
Régua 1 
– Eu te abraço antes de dormir 
Régua 2 – Tornaras, bromeliotes e acolhos 
Régua 3 – Feita no paraíso
Régua 4 – Foto-instrução para corpos com dismorfia leve
Régua 5 – GH, Gal e Hiroshima
Régua 6 – Nunca Fotografaríamos


PROFESSOR

Rodrigo Masina Pinheiro (n.1987) é ume artista visual nascide e criade entre Vila da Penha e Inhaúma, no Rio de Janeiro. Utiliza diversos meios em seu trabalho, como curtas-metragens, ensaios e fotografia. Sua pesquisa aborda a infância lgbtia+ e as autobiografias do corpo desobediente de gênero na fotografia, apesar dos regimes heterossexistas, das subjetividades encarceradas e dos diversos processos de mutilação narrativa. A série intitulada GH, Gal e Hiroshima, feita em colaboração com a artista Gal Cipreste Marinelli, é atualmente umas das 10 finalistas ao prêmio Louis Roederer Discovery Award no Les Rencontres d’Arles 2022 e foi indicada para o prêmio principal do Gomma Photography Grant. Em 2021, foi premiade com o PH MUSEUM of Photography 2021, com Gal Cipreste Marinelli, e selecionade para o Prêmio Pierre Verger, Bahia, e para o X Diário Contemporâneo de Fotografia com a série Não leve flores. Em abril de 2018, seu livro de artista Tornaras teve um lançamento especial na SP-Arte/Foto, ganhando vários prêmios no mesmo ano, incluindo Melhor Portfólio no Festival Fotorio Resiste, Melhor Portfólio no Ateliê da Imagem e um dos sete destaques do ano no Festival ZUM, organizado pelo Instituto Moreira Salles e pela Revista ZUM. O livro também esteve na Paris Photo 2018, no estande da Editora Madalena. Junto com Ton Zaranza e Rochelle Guimarães, Rodrigo fundou a editora independente Chorona, dedicada à fotografia e literatura. 


DECLARAÇÃO DE ARTISTA

Não quero poupar ninguém da dor. Tenho uma forma doce de falar. Então insisto em fazer do doce algo intragável. A poesia é o meu doce. A violência de me olhar é o meu intragável. Tenho violência em tudo que amo. Quero mostrá-la. Só tenho violência em tudo porque me violentaram em tudo. Não reconheço a vida. Parei aos 12 anos de querer estar tranquile. Quero o peso porque o peso é o valor das coisas. Acredito na beleza, não a tenho e não estou sozinhe nisso. Quero mostrar como se vive com uma dor muito doce.

OBSERVAÇÃO: Link para participação da aula será enviado via email ou whatsapp.


POLÍTICA DE CANCELAMENTO


Sobre cancelamento do curso/workshop por parte do aluno:

  • Com 7 dias de antecedência: reembolso integral;
  • Entre 6 dias e 48h antes do início do evento: reembolso de 50%;
  • Últimas 48h antes do início do evento e o não comparecimento; ao evento: sem reembolso.

Sobre cancelamento ou adiamento do curso/workshop por parte do Ateliê Oriente:

A realização do curso nas datas agendadas está sujeita a um número mínimo de participantes. Caso não seja atingido o quórum, ou por motivos de força maior, adiaremos a data de início em 15 dias. Você será avisado na data anterior e poderá optar em continuar matriculado ou ter os valores pagos restituídos integralmente num prazo máximo de sete dias.


Solicitar o cancelamento através do e-mail: contato@atelieoriente.com

Política do evento

Edição de participantes

Você poderá editar o participante de um ingresso apenas uma vez. Essa opção ficará disponível até 24 horas antes do início do evento.

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Sobre o produtor

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Ateliê Oriente

Possui como missão estimular e promover a troca de conhecimentos práticos e teóricos voltados para a criação fotográfica através de cursos, palestras, workshops, imersões, debates e residências artísticas, além de expor trabalhos que tenham a fotografia como seu principal pilar.

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