1 dez - 2021 • 19:00 > 22:00
Videoconferência via Sympla Streaming
APRESENTAÇÕES
apresentação 02/12 (quinta-feira)
apresentação 03/12 (sexta-feira)
SINOPSE
“Quem vem cá, que entre consigo, carregando as velhas sempre novas casas de si. Pelos pisos e paredes da vida agora comum se achegam os fins das muitas moradas. Quando, então, ao sumir o último sol, formos terra, água, fogo e ar, nos encontraremos para as boas-vindas de quem já partiu - e que hoje volta a partir.”
QUANDO
01 a 05 de dezembro às 19h
Gratuito
Em cada dia de evento haverá uma interlocução com a equipe criativa após a exibição.
01/12 - Interlocução 1 - O Modo Operativo AND nos processos de criação da TEATRO SECALHAR com Francisco Gaspar Neto e Milene Duenha;
02/12 - Interlocução 2 - Bate-papo com TEATRO SECALHAR;
03/12 - Interlocução 3 - Dramaturgia, figurino e direção de arte com Vinicius Medeiros, Fernanda Peyerl e Rafael Rodrigues;
04/12 - Interlocução 4 - Iluminação, com Nadia Luciani e Vini Sant;
05/12 - Interlocução 5 - Audiovisual, com Eduardo Camargo e Renan Gumiel
Do dia 06 a 09 de dezembro será ministrada a oficina de invenções distraídas com Caio Monczak e Francisco Gaspar Neto.
Para mais informações e inscrições, acessar:
06 e 08 de dezembro das 09h às 11h
07 e 09 de dezembro das 19h às 21h
FICHA TÉCNICA
Criação: TEATRO SECALHAR - Andromeda, Eduardo Camargo, Fernanda Peyerl, Jade Giaxa, Karina Rozek, Milena Plahtyn, Rafael Rodrigues e Vinicius Medeiros
Performers: Jade Giaxa, Karina Rozek, Milena Plahtyn e Rafael Rodrigues
Dramaturgia: Vinicius Medeiros
Direção audiovisual, direção de fotografia, operação de câmera, edição e finalização: Eduardo Camargo
Design gráfico: Karina Rozek
Operação de câmera, assistência de fotografia e de direção: Renan Gumiel
Iluminação: Nádia Luciani
Platô, assistência de iluminação e captação de som: Vini Sant
Figurino: Fernanda Peyerl
Maquiagem: Andromeda
Consultoria artística: Francisco Gaspar
Preparação corporal: Milene Duenha
Direção de arte e direção de produção: Rafael Rodrigues
Arte 3D: Renan Gumiel
Contrarregragem: Andromeda, Fernanda Peyerl e Vinicius Medeiros
Produção geral: TEATRO SECALHAR
Apoio: Backbros - Locadora de Câmera
Agradecimentos: Fabio Nunes Medeiros, LABIC - Laboratório de Iluminação Cênica FAP/UNESPAR, Pêdra Costa, Pedro Bento de Oliveira e Wash Cavalli e família
Captação de recursos: Carol Roehrig
Incentivo: Uninter
Toda a programação é gratuita e ocorrerá exclusivamente online.
INFORMAÇÕES SOBRE O TRABALHO
O terceiro trabalho do grupo é desenvolvido a partir de uma continuidade da pesquisa em Tanya: experimento para um encontro. Com o avanço da pandemia - que nos trouxe a demanda de, novamente, não apresentarmos um espetáculo presencial -, aprofundamos nossa relação com a linguagem audiovisual a fim de seguir com nossas investigações e encontrar desdobramentos possíveis dentro do universo de Tanya.
As intenções de pesquisa previamente mapeadas, como o corpo, a câmera e a historicidade, presentes no registro audiovisual de lepAp, na videoarte Tanya II e em Tanya: experimento para um encontro nortearam o processo. Por meio de reuniões semanais em plataformas virtuais, apresentamos seminários, compartilhamos referências artísticas de diversas linguagens, com ênfase no cinema (filmes que lidavam com a questão da historicidade, memória e morte), realizamos experimentações, jogos e mapeamos as potências do trabalho. Percebemos que Tanya nos levava a falar sobre nossas relações afetivas com a família, a infância, a morte e a religiosidade, sempre situadas no ambiente doméstico. A casa surgiu, portanto, enquanto ambiente central da investigação dessas questões; além disso, é importante dizer que a decisão de situar a obra dentro de uma casa se deu também pelo contato com esse espaço como local de abrigo, isolamento e memória no momento de pandemia.
Inicialmente nossos encontros foram realizados de forma remota, onde cada ume morava e jogava com as matérias disponíveis. Mais ao fim do processo, ocupamos uma casa em Colombo-PR, onde criamos morada para as nossas memórias e lar para os nossos encontros. A partir da vivência na locação de filmagem, foram realizadas quatro lives que funcionaram como um peephole, uma fresta, uma greta, pela qual tornou-se possível espiar parte do que havia dentro de nós, dentro da casa que habitávamos. Era possível entrar, demorar-se quanto tempo se quisesse, ficar do começo ao fim, sair, dar um tempo, retornar, não retornar, voltar só no dia seguinte, só dois dias depois, arrumar as malas e partir pra nunca mais. As portas permaneceram abertas por aproximadamente seis horas em cada dia, totalizando mais de 24h.
Após essas experimentações, a dramaturgia e roteiro foram afinados e novas experimentações foram feitas durante o período de gravação, que durou cinco dias. CRIPTA é resultado desse projeto.
No jogo entre presenças e ausências, construímos uma habitação que - além de se fazer abrigo - deixou os excessos escorrerem entre as suas fendas. Foi necessário perceber as matérias que fluíam entre os cômodos, e aqueles que os habitavam, para nos deslocarmos com elas, para assistirmos ao lento deslizar das suas gotas e, assim, aceitar o fim. Habitar a casa, afinal, é deixar-se ser habitade também.
Velar a casa, contemplar o descanso.
O trabalho foi viabilizado pelo Mecenato Subsidiado, modalidade Iniciante, da Fundação Cultural de Curitiba através do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura, tendo sido aprovado no edital de 2019.
Este evento tem a comodidade e a praticidade de uma transmissão online com a melhor experiência garantida pela Sympla.
* A transmissão é disponíbilizada um pouco antes do início do evento
TEATRO SECALHAR
A TEATRO SECALHAR surge em dezembro de 2017 na UNESPAR (Faculdade de Artes do Paraná) em Curitiba/PR com a união de estudantes de artes cênicas, música, artes visuais e cinema. A investigação do coletivo centra-se na investigação do Modo Operativo em sua interseção com a dança-teatro, o teatro performativo, o teatro físico, técnicas de composição e as potencialidades de processos colaborativos de criação.