05 mai - 2022 • 19:00 > 10 mai - 2022 • 22:45
05 mai - 2022 • 19:00 > 10 mai - 2022 • 22:45
O curso “Alguns filmes e suas formas de (re)luzir a vida” será ministrado do dia 12 de abril ao dia 17 de maio de 2022, pela Doutora em Cinema, Ursula Rösele. Ao longo de dez aulas divididas em cinco módulos de temáticas diferentes, pretende-se percorrer algumas obras de diretoras e diretores, de tempos diversos e abordagens variadas, para propor diálogos, trocas, sem o intuito de atingir somente um público específico. Não é necessário ser especialista para fazê-lo. De filmes de Ingmar Bergman, Federico Fellini, Eduardo Coutinho, Sofia Coppola, Abbas Kiarostami, Agnès Varda, Wim Wenders, Wong Kar-wai, Kleber Mendonça Filho, Michael Haneke, dentre outros, a ideia é dialogarmos sobre cada obra, o tempo histórico ao qual foi realizada, sua proposta estética, narrativa e de linguagem.
(O curso completo está à venda na plataforma Sympla)
Módulo 4: Síndromes, escombros e devaneios
de um mundo em auto-combustão (Carga horária: 6 horas)*
*30 minutos é uma segurança para
eventuais atrasos de início, intervalo e uma sobra caso a aula dure um pouco
mais
Aula 1: 05/05 - O Buraco (Tsai Ming-liang, 1998) e Síndromes e um século (Apichatpong Weerashetakul, 2006)
Aula 2: 10/05 - Em busca da vida (Jia Zhang-ke, 2007) e Bacurau (Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, 2019)
Neste
módulo irei abordar quatro filmes, divididos em dois por aula. Filmes que, à
sua maneira e orientados por diferentes questões e localidades, aportam
fraturas do mundo contemporâneo.
No
módulo quatro, trago dois filmes nada convencionais. Em O Buraco, o cineasta taiwanês aborda um cenário distópico que, revisitado
nesse momento, é incomodamente realista. A capital de Taiwan, Taipei, é
acometida por um tipo de vírus que impõe um isolamento aos seus habitantes. O
filme acompanha duas personagens e, a partir de estratégias peculiares típicas
do cinema de Ming-liang, insere elementos nada usuais que destoam do
naturalismo ora impresso, ora expropriado pelo diretor.
Em
Síndromes e um Século, uma das
maiores obras do tailandês Apichatpong Weerashetakul, vemos um tempo dilatado,
espaços reconfigurados, e uma reflexão aberta de tempos em que se misturam a
fé, o budismo, a ciência, a natureza e o cinema. Um cinema nada fácil, mas um
cineasta que avassalou a crítica e embriaga o olhar ao nos convocar a uma
experiência ímpar de deleite com as imagens, a cena e o tempo.
Em busca da vida
registra um percurso, um deslocamento, e o findar de um espaço em detrimento de
uma ideia de “progresso”, de uma China em crescimento. Um filme sobre ruínas,
desvios e o intuito de um reencontro entre dois personagens que não se veem há
um tempo, em meio aos escombros de uma cidade que será tomada por uma
hidrelétrica.
Por
fim, falarei do premiado Bacurau,
longa-metragem brasileiro que ganhou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes em
2019. O filme, visto por muitos como algo premonitório em relação ao Brasil
distópico de agora, trafega por uma série de filmografias, o cinema de ação, além
de dialogar com o Brasil do cangaço.
Aula 1 – 05/05: 19:00 às
22:30 (quinta-feira)
O Buraco
(Dong, 1998), Tsai Ming-liang
Síndromes
e um século (Sang sattawat, 2006),
Apichatpong Weerashetakul
Aula 2 – 10/05: 19:00 às
22:30 (terça-feira)
Em busca da vida
(San xia hao ren, 2007), Jia Zhang-ke
Bacurau
(2019), Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho
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Ursula Rösele
Ursula Rösele é Doutora em Cinema (Belas Artes/UFMG) e Mestre em Comunicação (FAFICH-UFMG). Trabalha como crítica de cinema, curadora e produtora cultural. Foi assessora da Gerência de Cinema do Cine Humberto Mauro. Atuou como professora no curso de Cinema e Audiovisual (Centro Universitário UNA) entre os anos de 2013-2020. Compôs a coordenação do Lumiar Festival Interamericano de Cinema Universitário (2014, 2016, 2017) e a curadoria (2018). É escritora www.meusanareagua.com.
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