12 abr - 2022 • 19:00 > 14 abr - 2022 • 22:45
12 abr - 2022 • 19:00 > 14 abr - 2022 • 22:45
O curso “Alguns filmes e suas formas de (re)luzir a vida” será ministrado do dia 12 de abril ao dia 17 de maio de 2022, pela Doutora em Cinema, Ursula Rösele. Ao longo de dez aulas divididas em cinco módulos de temáticas diferentes, pretende-se percorrer algumas obras de diretoras e diretores, de tempos diversos e abordagens variadas, para propor diálogos, trocas, sem o intuito de atingir somente um público específico. Não é necessário ser especialista para fazê-lo. De filmes de Ingmar Bergman, Federico Fellini, Eduardo Coutinho, Sofia Coppola, Abbas Kiarostami, Agnès Varda, Wim Wenders, Wong Kar-wai, Kleber Mendonça Filho, Michael Haneke, dentre outros, a ideia é dialogarmos sobre cada obra, o tempo histórico ao qual foi realizada, sua proposta estética, narrativa e de linguagem.
(O curso completo está à venda na plataforma Sympla).
Módulo 1: Clássicos – formas, beleza,
sonho e arte (Carga horária: 6 horas)*
*30 minutos é uma segurança para
eventuais atrasos de início, intervalo e uma sobra caso a aula dure um pouco
mais
Aula 1: 12/04 – La pointe-courte (Agnès Varda, 1955) e Morangos Silvestres (Ingmar Bergman, 1957)
Aula 2: 14/04 – Noites de Cabíria (Federico Fellini, 1957) e Manhattan (Woody Allen, 1979)
Nesta
aula irei abordar quatro filmes, divididos em dois por aula. Filmes que de diferentes
maneiras realizam experiências estéticas que convocam o onírico através de
mergulhos na imagem, nas palavras e na relação com a paisagem – o cinema como
deleite, a arte como centro.
La pointe-courte
foi o primeiro longa-metragem da cineasta belga Agnès Varda. A diretora foi
considerada uma cineasta da rive gauche (margem
esquerda) do cinema francês, e uma das precursoras do famoso movimento Nouvelle Vague, visto que nesta obra há
uma proposição estética marcada por uma série de aspectos que diretores como
Jean-Luc Godard, François Truffaut, dentre outros, defenderiam e realizariam
quatro anos mais tarde. Varda efetua uma espécie de hibridismo poético: um
casal percorre uma cidade de pescadores, enquanto conversa sobre o futuro de
sua relação. De um lado, acompanhamos os amantes absortos em seus dilemas, e de
outro, a partir de um registro documental, vemos o vilarejo envolvido em sua
essência rotineira.
Em
Morangos Silvestres, um dos grandes
clássicos do diretor sueco Ingmar Bergman, acompanhamos as memórias do
professor Isak Borg (Victor Sjöström) em uma espécie de road movie filosófico. Em um limiar vida-morte, o diretor expressa
de forma lindíssima devaneios acerca da finitude, e estabelece diálogos entre a
concretude da vida e o universo dos sonhos.
Na
aula 2, a crueza do mundo e a arte como utopia são o foco principal.
Primeiramente, falarei do filme Noites de
Cabíria, do diretor italiano Federico Fellini. Cabíria é uma prostituta que
passa por uma série de intempéries, mas não perde a esperança no amor e na
vida. Fellini, um diretor que lidou tantas vezes com a pobreza, as misérias do
mundo, o onírico e o amor pela arte, convoca sua musa Giulietta Masina a uma de
suas maiores odes à arte.
O
polêmico diretor Woody Allen quase desistiu dessa que é uma de suas maiores
obras-primas. Em Manhattan, ele
declara seu amor à musa-metrópole de seu cinema, e executa um balé idílico pela
cidade, convocando a arte e o cinema para este que é um de seus mais românticos
filmes.
Aula 1 – 12/04: 19:00 às
22:30 (terça-feira)
La pointe-courte (1955),
Agnès Varda
Morangos Silvestres
(Smultronstället, 1957), Ingmar
Bergman
Aula 2 – 14/04: 19:00 às
22:30 (quinta-feira)
Noites de Cabíria
(Le Notti di Cabiria, 1957), Federico
Fellini
Manhattan
(1979), Woody Allen
Você poderá editar o participante de um ingresso apenas uma vez. Essa opção ficará disponível até 24 horas antes do início do evento.
Saiba como editar participantesEste evento tem a comodidade e a praticidade de uma transmissão online com a melhor experiência garantida pela Sympla.
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Ursula Rösele
Ursula Rösele é Doutora em Cinema (Belas Artes/UFMG) e Mestre em Comunicação (FAFICH-UFMG). Trabalha como crítica de cinema, curadora e produtora cultural. Foi assessora da Gerência de Cinema do Cine Humberto Mauro. Atuou como professora no curso de Cinema e Audiovisual (Centro Universitário UNA) entre os anos de 2013-2020. Compôs a coordenação do Lumiar Festival Interamericano de Cinema Universitário (2014, 2016, 2017) e a curadoria (2018). É escritora www.meusanareagua.com.
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