Abertura do Festival O poder das mulheres na Literatura do Clube de Leitura Floriterárias

A literatura produzida por mulheres indígenas será o grande destaque dos seis anos do Clube literário pernambucano Floriterárias, que será celebrado com o festival “O poder das mulheres na Literatura”. A abertura será neste próximo sábado (29/01), às 15h, com a participação de três escritoras indígenas: Eliana Potiguara, Julie Dorrico e Mayra Sigwalt.

O Festival, que tem apoio da Lei  Aldir Blanc, terá um encontro mensal, até abril, aberto ao público no Youtube.  A inscrição é exclusiva para mulheres e deve ser feita por aqui. Confirmaremos por email a participação e encaminharemos o endereço da plataforma que será pelo Zoom.

SOBRE A RODA DE CONVERSAS DESTE SÁBADO (29)

No encontro, previsto para durar uma hora e meia, as leitoras irão conversar sobre os livros “Metade cara, metade máscara”, de Eliana,     “Eu sou Macuxi e outras histórias”, de Julie, e “O que encontramos nas chamas”, de Mayra. Como é hábito no grupo, os livros já foram comprados e estão sendo lidos.

“Trazer as escritoras indígenas para nosso primeiro encontro do ano, abrindo o Festival é uma forma de honrar e conectar. Tem um olhar da literatura indígena como um caminho de resistência e de ativismo político, mas vai além disso”, diz Anita Presbitero, uma das fundadoras do Clube. “São livros poderosos, que tratam de questões muito pertinentes para o que vivemos. E também não tínhamos lido a produção das mulheres indígenas”.

Muitas histórias - Há seis anos, as amigas Anita Presbítero e Luciana Seabra estavam incomodadas com a falta de espaço para as mulheres compartilharem suas preferências literárias, onde pudessem discutir livremente, sem amarras, com muita ou pouca bagagem literária, tudo o que coubesse nas inquietações dos livros e da vida. Resolveram criar um clube literário. Mas ele teria um detalhe importante - só seriam aceitas mulheres.

Dia 16 de abril de 2016, na casa de Anita, dez mulheres se encontraram para discutir um livro que tinham escolhido e lido previamente:  “Linha M”, relato autobiográfico da cantora, poeta e compositora norte-americana Patti Smith. A conversa foi tão boa, que o nome surgiu naturalmente - Floriterárias.

O primeiro encontro com a presença de uma escritora foi em novembro do mesmo ano, mas ainda não era um grupo aberto. Foi com a presença de Luzilá Gonçalves e a leitura do seu premiado romance, “Muito além do corpo'', o sétimo, que passou a ser aberto.

Não imaginavam que o Clube iria juntar tanta gente, ao longo de seis anos. São mais de 60 encontros, respeitando regras simples. Escolha prévia de um livro, encontros em diferentes lugares do Recife e Região Metropolitana, e muita liberdade para falar, pensar, ampliar horizontes. Nem mesmo a Pandemia da Covid 19 tirou a força do Clube. “Pela Internet, alcançamos escritoras mais distantes, que antes não conseguíamos”, conta.

Para ela, o caminho do Clube levou a muitas descobertas. “São abraços, escutas acolhedoras de diferentes vozes, espaços horizontais. O Clube é um local onde as mulheres podem se sentir num levante mesmo. É um Clube de Leitura, mas é também um clube de cura”.

ABERTURA DO FESTIVAL O PODER DAS MULHERES NA LITERATURA.
Seis anos do Clube de Leitura Floriterárias: “O poder das mulheres na literatura”

Abertura: 29/01 (sábado), às 15h.
Participação na roda de conversas é exclusiva para mulheres. Será via Zoom.

Escritoras convidadas:

Eliane Potiguara, Julie Dorrico e Mayra Sigwalt

Exibição ao vivo pelo canal do Youtube para qualquer pessoa:
Canal Clube de Literatura Floriterárias

O evento é gratuito!