28 ago - 2020 • 20:00 > 21:30
Videoconferência via Sympla Streaming
Vera Holtz e Guilherme Leme Garcia dirigem Pedro Osório em 'A Peste', de Albert Camus
ONLINE AO VIVO DO TEATRO RAPOSO
SALA IRENE RAVACHE
Lançamento ON LINE em 28, 29 E 30 de agosto 2020
Pedro Osório em cena fotografada por Renato Mangolin
"Na verdade, ao ouvir os gritos de alegria que vinham da cidade, Rieux lembrava-se de que esta alegria estava sempre ameaçada. Porque ele sabia o que esta
multidão eufórica ignorava e se pode ler nos livros: o bacilo da peste não morre nem desaparece nunca, pode ficar dezenas de anos adormecido nos móveis e na roupa,
espera pacientemente nos quartos, nos porões, nos baús, nos lenços e na papelada. E sabia, também, que viria talvez o dia em que, para a desgraça e ensinamento dos homens,
a peste acordaria os seus ratos e os mandaria morrer numa cidade feliz."
AC
Considerado o principal romance do escritor franco-argelino Albert Camus, A Peste, escrito em 1947, dez anos antes de ganhar o Nobel de literatura, ganhou adaptação teatral e retorna a São Paulo, no formato ONLINE - AO VIVO, a partir de 28 de agosto, depois de passar pelo Rio de Janeiro, por Belo Horizonte e São Paulo, em bem-sucedidas temporadas.
Vera Holtz e Guilherme Leme Garcia dirigem Pedro Osório num monólogo, que concentra a dramaturgia na figura e na perspectiva do personagem-narrador do romance, o médico Bernard Rieux interpretado pelo ator Pedro Osório. O trabalho começou há dois anos, quando Osório convidou Leme para dirigi-lo em uma obra de Camus. O diretor havia atuado em 2009 numa versão para “O estrangeiro” dirigida por Vera.
O espetáculo pode traduzir e fazer refletir o momento em que vivemos. Por isso, ganha versão online em um formato diferente do feito para os palcos. Feito ao vivo, diretamente do Teatro Raposo, com transmissão ao vivo e sem público, a montagem ficou enxuta para valorizar o texto e o a conexão, mesmo que à distância, com o público. A plateia também terá a chance de bater papo ao final das sessões. A Plataforma utilizada será o Zoom, pela Sympla
A PESTE
Sob o signo da miséria moral que se instala em uma sociedade, o texto da peça apresenta um recorte no romance que trata da história de Orã, cidade no litoral da Argélia, infestada por ratos e devastada por um mal súbito, que dizimou sua população. O médico Bernard Rieuxse dirige ao público após passar um ano preso lutando contra o bacilo da peste expressando, em metáfora amplificadados males da Guerra, especificamente da ocupação da França pelos nazistas, o flagelo de uma civilização contemporânea sob o signo da miséria moral.
“O texto é como uma vacina, que nos ajuda a enxergar através de uma tragédia ficcional a tragédia na nossa sociedade hoje. Assim podemos impedir e não sucumbir”, diz Osório.
“A Peste reflete sobre a empatia, a prioridade do coletivo e a existência colocada como prioridade em contraponto ao indivíduo egoísta, em um estado febril dentro de uma sociedade doente. O personagem não é um herói, mas um homem que acha a saída através do trabalho cotidiano e honesto”, conclui o ator.
A alusão a outra obra de Camus, “O Mito de Sísifo”, o médico, questiona a existência, a individualidade, o coletivo, a solidão, a morte e a resignação.
Albert Camus (1913-1960) escritor e dramaturgo francês, nascido na Argélia. Militante da Resistência Francesa, construiu suas obras a partir de discussões morais e existencialista sobre o mundo destruído e miserável do pós-guerra, principalmente em seu continente natal, África. Recebeu o Prêmio Nobel em 1957.
Serviço:
Teatro RAPOSO Sala Irene Ravache - São Paulo
Classificação etária | 16 anos
Gênero | Drama
Duração | 45 minutos
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Este evento tem a comodidade e a praticidade de uma transmissão online com a melhor experiência garantida pela Sympla.
* A transmissão é disponíbilizada um pouco antes do início do evento
MLADAR PRODUÇÕES ARTÍSTICAS S/C LTDA.
Produtora Cultural, a Mladar esteve presente e atuante desde sua constituição, em 19/08/1999 até os dias atuais, cumpre salientar o papel de produtora e proponente, junto à Lei Rouanet e Proac, a exemplo do projeto Os Recicláveis, peça infanto-juvenil de autoria de Toni Brandão, com patrocínio do Refresco Tang, e produção e administração da Mladar que estreou em maio de 2015 e fez temporada em são Paulo até 2018.