2º Encontro - Método Paulo Freire: alfabetização e educação de jovens de adultos

Sesc Mato Grosso do Sul em parceria com o Coletivo MS: Paulo Freire, Programa de Pós-Graduação em Educação e Territorialidade (PPGET), Faculdade Intercultural Indígena (FAIND), Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e Grupo de Estudo e Pesquisa Políticas Educacionais e Formação de Professores – GEPPEF  homenageiam o educador e filósofo no ano de seu centenário.

Autor da obra Pedagogia do Oprimido, dentre muitas outras, Paulo Freire é o terceiro teórico mais citado em trabalhos na área de humanas, em nível mundial. Reconhecido pelo método de alfabetização desenvolvido na década de 1960 e aplicado com sucesso entre cortadores de cana-de-açúcar em Angicos, no Rio Grande do Norte, o pernambucano é Patrono da Educação Brasileira desde 2012.

Paulo Freire também é o cidadão brasileiro mais homenageado mundo afora, detentor de mais de 30 títulos de Doutor Honoris Causa e cerca de 20 prêmios, concedidos por diversas universidades e instituições nacionais e internacionais.

Entre os meses de agosto e novembro ocorrerão cinco encontros transmitidos ao vivo pelo canal do Sesc MS no Youtube.

No segundo encontro será abordado o Método Paulo Freire: alfabetização e educação de jovens de adultos. O Patrono da Educação Brasileira aplicou um método de alfabetização baseado nas experiências de vida das pessoas. Em vez de buscar a alfabetização por meio de cartilhas e ensinar, por exemplo, “o boi baba” e “vovó viu a uva”, ele trabalhava as chamadas “palavras geradoras” a partir da realidade do cidadão. Por exemplo, um trabalhador de fábrica podia aprender “tijolo”, “cimento”, um agricultor aprenderia “cana”, “enxada”, “terra”, “colheita” etc. A partir da decodificação fonética dessas palavras, ia se construindo novas palavras e ampliando o repertório.

A concepção freiriana procura explicitar que não há conhecimento pronto e acabado.  Esse caráter político, libertador, conscientizador é o diferencial da metodologia de Paulo Freire dos demais métodos de alfabetização.

 O encontro terá como a professora Livre Docente em História da Educação na Faculdade de Educação da USP (2019). Coordena dois convênios internacionais, Universidade Pedagógica de Maputo, em Moçambique e o da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Portugal. Desde 2002, compõe a coordenação do NIEPHE (Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em História da Educação). Possui graduação em Psicologia pela Faculdade Mineira de Educação e Cultura (1983), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (1995), doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (2001) e pós-doutorado em Educação pela Universidade de Santiago de Compostela (2009). Foi editora da Revista Brasileira de História da Educação no período de 2004 a 2007. Atuou no período de 2006 a 2012, pela ALFASOL e o Ministério das Relações Exteriores, como assessora junto ao Ministério da Educação de São Tomé e Príncipe, na África. Participou também como assessora via SECADI e Ministério da Educação do Brasil junto ao Ministério do Desenvolvimento Humano de Moçambique, no período de 2015 a 2016. Compôs a comissão de Editores Assistentes da Educação e Pesquisa, revista da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em História da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: imprensa pedagógica, práticas escolares, cultura escolar e escolarização, educação de pessoas jovens e adultas.