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O desastre ocorrido em Mariana/MG em novembro de 2015 reacende a necessidade do debate sobre o modelo de desenvolvimento econômico e suas implicações na vida dos indivíduos e comunidades atingidas. A crise provocada pelas rupturas e interrupções do funcionamento normal das comunidades acontece num tempo social que se prolonga a cada dia.

Grandes projetos exploratórios seguem causando impactos e catástrofes sociais no país e no mundo. É preciso desnaturalizar os desastres e as emergências em saúde pública, reconhecer seus determinantes sociais, os fatores de riscos e buscar alternativas a partir do protagonismo das comunidades afetadas.

Uma discussão ampliada e democrática sobre as formas de exploração do meio ambiente e seus recursos, deve levar em conta a crescente desigualdade e vulnerabilidade que sociedades inteiras são expostas em nome decisões tomadas em espaços que não permitem ou viabilizam a participação daqueles que serão diretamente atingidos por tais decisões. As relações entre as empresas, comunidades e Estado precisam ser problematizadas e pensadas para além das compensações e ressarcimentos em decorrência dos grandes empreendimentos. 

No esforço de manter vivas as discussões dos impactos ainda em curso na cidade e de avaliar os desafios que as diferentes situações de desastres e emergências no Brasil impõem à saúde pública, pretende-se debater sobre a construção de estratégias de cuidado em saúde nesses contextos, considerando suas especificidades. As condições econômicas, sociais, ambientais, sanitárias, entre outras irão delinear as possibilidades tanto de resposta como de preparação e prevenção, minimizando os efeitos dos impactos sobre a população.
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