Segredo de Justiça

INSPIRADO NO LIVRO HOMÔNIMO DE ANDRÉA PACHÁ, SEGREDO DE JUSTIÇA REUNE HISTÓRIAS DE PESSOAS QUE ELA CONHECEU AO LONGO DOS MAIS DE 20 ANOS DE SUA ATUAÇÃO COMO MAGISTRADA. 

DIREÇÃO  |  MARCO ANDRÉ NUNES E ISABELLA RAPOSO

IDEALIZAÇÃO |  ALEXANDRE BARROS E CARMEN FRENZEL 

DIAS 26 E 27 DE SETEMBRO | 3 e 4 DE OUTUBRO    -     SÁBADOS ÀS 21:30 e DOMINGOS ÀS 18:00 

Duração: 60 min.| Debate após as sessões |Classificação Etária:14 anos

             A peça SEGREDO DE JUSTIÇA, que estreou no SESC Ginástico em janeiro de 2019, ganha nova versão para o projeto Palco Casa Grande – através de plataforma online. A ideia é, em tempos de teatros fechados, utilizar o novo meio para mobilizar o público diante das inquietações propostas no livro de Andréa Pachá, e que provocaram tantos debates após as apresentações no teatro.

            SEGREDO DE JUSTIÇA revela em suas cenas alguns casos testemunhados pela Juíza e narrados com sensibilidade de autora experiente. Para a versão online, o premiado Marco André Nunes, um dos mais expressivos diretores da atualidade (Carangueijo Over Drive e Guanabara Canibal) e Isabella Raposo buscaram com os atores Carmem Frenzel, Alexandre Barros, Fabiana de Mello e Souza e Milton Filho novas possibilidades para a plataforma digital. Nos últimos anos Marco André tem investigado o “atravessamento” entre teatro, música e performance. Agora entra nesse pacote a internet.     

            Neste projeto diretores, elenco e a dramaturga Carolina Lavigne investigam o quanto a ideia que fazemos da Justiça nos afeta diariamente, mesmo que saibamos muito pouco sobre como funcionam seus dispositivos.

            No elenco, Alexandre Barros, Carmen Frenzel, Fabianna de Mello e Souza, e Milton Filho apresentam personagens de histórias verdadeiras. 

            Em SEGREDO DE JUSTIÇA o conflito está presente não apenas nos casos, mas também na figura de quem, por força do ofício, julga. O público poderá saciar, de certa forma, sua curiosidade em saber o que se passa na cabeça de um juiz no dia a dia de seu trabalho – o quanto é difícil julgar e sentenciar o que é justo. O projeto lança uma luz sobre o fato das pessoas terem cada vez mais dificuldade em resolver as suas questões afetivas no foro íntimo e acabarem recorrendo à intervenção do Estado.O espetáculo expressa o cruzamento de questões como afeto, novas definições de família, cidadania e o que se entende como justiça. Não se trata de um espetáculo sobre pessoas boas e más, leais e traidores, com e sem princípios, e sim  sobre os impasses e as contradições vividas por todos nós em maior ou menor grau. 

SINOPSE

            Baseado no livro homônimo da Juíza Andréa Pachá, com direção de Marco André Nunes e Isabella Raposo, SEGREDO DE JUSTIÇA fala sobre família e justiça. Tem como ponto de partida os personagens presentes nas crônicas do livro lançado em 2014 e a encenação de 2019. As histórias fazem refletir sobre as atuais mudanças em nossa sociedade e, consequentemente, na justiça brasileira. Casos de guarda compartilhada em novas famílias, interdição de idosos, reconhecimento de paternidade são levados à cena. Na peça os principais temas serão compactados em cenas que possam trazer ao público  a emoção de situações tão humanas e surpreendentes. O que parece ficção, na verdade faz parte da realidade de muitos cidadãos brasileiro.

FICHA TÉCNICA 

Obra Original: Andréa Pachá

Dramaturgia: Carolina Lavigne

Direção: Marco André Nunes e Isabella Raposo

Elenco: Alexandre Barros / Carmen Frenzel / Fabianna de Mello e Souza / Milton Filho

Desenhos: André Brito

Direção Musical / Trilha: Felipe Storino

Direção de Movimento: Toni Rodrigues

Programação Visual: Daniel de Jesus

Fotografia: Ricardo Brajterman

Operador de Zoom: Igor Gouvêa

Direção de Produção: Lúdico Produções - Ana Velloso e Vera Novello

Idealização: Alexandre Barros e Carmen Frenzel

Sobre diretores, idealizadores e atores

Marco André Nunes - Diretor

Diretor de Teatro, fundou a AQUELA CIA em 2004, onde desenvolve uma linguagem cênica própria e pesquisa acerca do trabalho do ator. Nos últimos anos investiga o atravessamento entre teatro, música e performance. Destacam-se entre suas encenações mais recentes: Outside, um musical noir (2011 - candidato a 2 prêmios Shell , 5 Aptr); Cara de Cavalo (2012 - uma indicação ao Prêmio Shell e 3 ao Questão de Crítica); Porta da Frente (2013-  vencedor do prêmio Shell); Edypop (2013  - 2 indicações ao prêmio Cesgranrio); Laio e Crísipo (2015) e Caranguejo Overdrive (2015 - 4 indicações ao Prêmio Shell, 6 ao Aptr e 4 ao Cesgranrio); Guanabara Canibal (2017- 5 indicações ao Prêmio Cesgranrio, 3 ao Prêmio APTR e 4 ao Prêmio Cenym). Foi contemplado com os Prêmios Shell, Cesgranrio, Aptr e Questão de Crítica de melhor diretor e com o Prêmio Cenym de melhor direção de arte.

Isabella Raposo - Diretora

Cineasta, diretora de teatro e artista visual. Dirigiu o curta-metragem “Bem no meio do céu”, exibido no International Film Festival Rotterdam e em outros festivais nacionais e internacionais. Realizou outros sete curta-metragens. É diretora de dois episódios da série internacional /Lost+found, da Dilúvio Produções, licenciada para o Canal Curta!. No teatro, dirigiu a peça “Salomé Elétrica”, em cartaz no Teatro Gonzaguinha, no Rio de Janeiro, em abril de 2019. Atualmente, desenvolve a série “Objeto Sonho”, exposta no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro em 2019.

Carolina Lavigne - Dramaturga

Atriz e dramaturga. Formada em Artes Cênicas pela faculdade CAL e Roteiro pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Cursou o Teatro O Tablado durante quatro anos.  Com atriz trabalhou em mais de dez peças teatrais, dois longas-metragens, duas séries, e diversos curtas-metragens. Assinou a dramaturgia das peças: Filhos D’ Medea, no Teatro Sesc Arena, Segredo de Justiça, no Teatro Sesc Ginástico e Vala Comum, no espaço Casa da Tijuca. É roteirista dos curtas: O Barbeiro, exibido no Festival de Curta Cinema em 2016 e Elas, em parceria com Thiago Britto, exibido no Festival de Cinema Cine Música em 2014.

Alexandre Barros – Ator e idealizador

Formado em Interpretação Teatral pela UNI-Rio. Entre seus últimos espetáculos estão A Vida ao Lado, de Cristina Fagundes, indicado ao Prêmio Shell 2018 de Melhor Direção e Prêmio Cesgranrio 2018 de Melhor Texto; Como Me Tornei Estúpido, dramaturgia de Pedro Kosovski, direção de Sergio Módena; Cara de Fogo, de Marius Von Mayenburg, direção de Georgette Fadel; Fonchito e a Lua, dramaturgia de Pedro Brício, direção de Daniel Herz; Vindo do grupo teatral Confraria da Paixão, onde participou dos espetáculos Vem Buscar-me que Ainda Sou Teu, de Carlos Alberto Sofreddini, Farsa da Boa Preguiça, de Ariano Suassuna e A História do Amor de Romeu & Julieta, de Ariano Suassuna, ganhador do Prêmio Coca-Cola de Melhor Direção e Melhor Espetáculo, ambos dirigidos por Elza de Andrade. Entre outros espetáculos, também trabalhou com os diretores Christiane Jatahy, Cristina Moura, Felipe Vidal, Luiz Fernando Lobo, Sura Berditchevsky.

Carmen Frenzel – Atriz e idealizadora

Atriz, diretora e professora. Formada pelo Centro Cultural Calouste Gulbenkian em 1988 e graduada em Licenciatura em Teatro pela UNIRIO em 2008. Seus últimos trabalhos como atriz em teatro são O Grelo em Obras, Herculano é o Assassino, e os espetáculos da DUPLA COMPANHIA: Antessala e Mau Humor. Em 1996 recebeu o Prêmio Mambembe por Ludi na TV. Fez parte do CENTRO DE DEMOLIÇÃO E CONSTRUÇÃO DO ESPETÁCULO com direção de Aderbal Freire-Filho. Diretora da Fantástica Cia, onde assina a performance Sobre Viver e o espetáculo Modus Operandi. Dirigiu o espetáculo Sangre e Resquícios, ambos com formandos da Escola de Teatro Martins Penna, onde foi professora de interpretação no período 2011/2015. Integrante do grupo de humor O GRELO FALANTE que tem no currículo, 2 programas de rádio, 4 livros, o programa Garotas Do Programa (TV Globo-2000) e o filme Coisa de Mulher (2005). Em TV, fez A Lei Do Amor (TV Globo - 2017) Alta Estação (Rede Record- 2007) e Belíssima (TV Globo -2006

Fabianna de Mello e Souza – Atriz

Nasceu no Rio de Janeiro em 1964, atriz, diretora e fundadora da Cia Os Bondrés de máscaras balinesas, nomeada ao Prêmio Cesgrario  2018 de teatro categoria especial. Menção honrosa do Premio Zilka Sallaberry com o projeto da Batalha de improvisação para crianças. Em 1997, foi convidada por Ariane Mnouchkine a integrar a trupe do Teatro du Soleil permanecendo na CIA francesa até o ano de 2006. Como atriz, atuou em vários espetáculos do  Amok Teatro (2008-2013); Édipo de Eduardo Wotzick (2013); Incêndios de Wadji Mouawad de Aderbal Freire (2013-15) tendo sido indicada ao Prêmio Aplauso Brasil como melhor atriz coadjuvante. Em 2016 estreia Boa Noite, Mãe, direção de Hugo Moss. Em 2017 estreou Círculo de transformação em espelho dirigido por César Augusto. Há doze anos, Fabianna  dirige  o Ateliê de pesquisa e treinamento com máscaras. Em 2018, dirigiu Thomas e as mil e umas invenções com mais de 12 indicações aos prêmios Zilka Sallaberry  e Botequim Cultural entre elas  melhor direção e 14 indicações ao Prêmio CBTJ de Teatro. Assumiu a direção da ocupação artística Projeto Ágora do Teatro Municipal Maria Clara Machado. Realizou com a Rede Municipal dos Teatros o Festival Internacional Dois Pontos. Em 2018 atuou e assumiu a coordenação do projeto do musical  As Comadres junto com a  diretora Ariane Mnouchkine, e as atrizes Juliana Carneiro da Cunha e Julia Carreira.

Milton Filho – Ator

Carioca da Zona Norte, 39 anos, começou direto nos palcos depois passou pelas oficinas livres da Lona Cultural Terra e das Oficinas de Criação de Espetáculo de Ernesto Piccolo e Rogério Blat. Há 18 anos na profissão, vem se destacando no meio teatral pela sua versatilidade. Esteve em cartaz em mais de 25 espetáculos entre os quais: Na Selva das Cidades, de B.Brecht e com direção de Aderbal Freire-Filho (2011); As Mimosas da Praça Tiradentes, de Eduardo Rieche e Gustavo Gasparani e direção de Sergio Módena e de Gustavo Gasparani (2012); Trilogia para crianças – Sambinha, Bossa Novinha e Forró Miudinho (2013-2016), com texto de Ana Velloso e direção de Sérgio Módena, Quando a Gente Ama, com texto e direção de João Baptista (2014); As Cangaceiras- As Guerreiras do Sertão com texto de Newton Moreno e direção de Sérgio Módena (2017); Chaves – Um Tributo Musical, de Fernanda Maia com direção de Zé Henrique de Paula (2019); Contos Negreiros, de Marcelino Freire e direção de Fernando Philbert (2019). Já participou de 7 longas e 9 curtas. E em teledramaturgia estreou em 2019 na novela AMOR SEM IGUAL da Rede Record de Televisão como o personagem Chico. Considerado um dos 50 melhores atores de 2019 pelo blog do Miguel Arcanjo do UOL pelo trabalho em “Chaves Um Tributo Musical”.