3 nov - 2021 • 19:00 > 8 dez - 2021 • 21:00
Evento Online via Zoom
NA REAL_VIRTUAL 2021
Seminário online sobre documentário brasileiro
CLÁSSICOS E NOVOS CLÁSSICOS
O Seminário online NA REAL_VIRTUAL sobre Documentário Brasileiro, um dos grandes sucessos da temporada de 2020 na internet, anuncia sua nova versão em 2021. Com o tema Clássicos e Novos Clássicos, o evento vai reunir 24 cineastas de diferentes gerações para discutirem seus trabalhos e o pensar/fazer documentários no Brasil.
Serão 12 encontros entre 3 de novembro e 10 de dezembro, ambientados pelo Zoom através da plataforma Sympla. Os encontros serão sempre às quartas e sextas-feiras a partir das 19h. As inscrições vão até 31 de outubro e você pode escolher entre três opções de pacotes.
O elenco desta edição será composto pelas duplas:
Silvio Tendler e Eliza Capai
Theresa Jessouroun e Cristiano Burlan
Marcos Pimentel e Marília Rocha
Tetê Moraes e Camila Freitas
Geraldo Sarno e Henrique Dantas
João Batista de Andrade e Toni Venturi
Allan Ribeiro e Letícia Simões
Eduardo Escorel e Carlos Adriano
Orlando Senna e Cavi Borges
Sandra Kogut e Aline Motta
Jom Tob Azulay e Ana Rieper
Jorge Bodanzky e Takumã Kuikuro
A curadoria é assinada pelo documentarista e professor Bebeto Abrantes, o crítico e pesquisador Carlos Alberto Mattos e a pesquisadora e programadora Carla Italiano. A produção é capitaneada por Kerlon Lazzari, a Associação Imaginário Digital e a Supimpa Produções.
O conceito da curadoria para esta nova edição é estabelecer pontes entre os diretores ou diretoras de cada dupla e seus filmes. Sejam linhas de continuidade, sejam rupturas no tratamento da linguagem cinematográfica, sejam ainda apenas pequenas variações de alguns dos elementos temáticos ou da gramática audiovisual. Assim, cada encontro vai propiciar um diálogo entre dois realizadores ou realizadoras com diferentes inserções históricas no cinema brasileiro, mas com pontos de contato que favoreçam o debate e as possíveis convergências.
Na semana anterior a cada encontro os inscritos receberão por e-mail o material de apoio sobre cada cineasta, compreendendo acesso a textos diversos e filmes complementares. Quatro (4) dias antes de cada encontro os participantes receberão o link específico dos filmes que vão servir de ponto de partida para cada debate. Será emitido certificado de participação para quem frequentar, no mínimo, oito encontros do seminário.
PACOTE B
Inclui os encontros 1, 2, 8,11.
PROGRAMAÇÃO
Encontro 1 – 3 de novembro, 19h
Com Silvio Tendler e Eliza Capai
Lugares da política
Nessas práticas de cinema engajadas em uma transformação social, a política encontra seu lugar. Com uma filmografia de mais de 70 títulos em diferentes linguagens, Silvio Tendler desenvolveu um interesse especial por biografias históricas de caráter social. Seu clássico Jango (1984) se dedica à carreira do ex-presidente deposto pelo golpe militar João Goulart, articulando entrevistas e um rico material de arquivo. Lançado corajosamente ao final do regime ditatorial, o filme é, em si, um acontecimento que fez história. Igualmente contundente é Espero tua (re)volta (2019), terceiro longa da paulistana Eliza Capai que traz na bagagem documentários e séries de alto poder comunicativo. Narrado por três jovens que atuaram nas mobilizações estudantis em São Paulo desde 2015, ele é marcado pela energia pulsante de seus protagonistas no embate de discursos e imaginários. Ambos cineastas se voltam para o passado de um país, seja ele próximo ou distante, de modo a melhor iluminar o presente..
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Encontro 2 – 5 de novembro, 19h
Com Theresa Jessouroun e Cristiano Burlan
O corpo como alvo
Quando a violência se torna algo incomensurável, existe ação possível? Às voltas com essa pergunta de difícil resposta, eles constroem obras críticas que elucidam as bases excludentes da sociedade brasileira. Atuante no cinema desde a década de 1980, Theresa Jessouroun possui uma filmografia versátil na qual o corpo se coloca como objeto central, transitando por temas desde o samba até questões de gênero. Em À Queima Roupa (2014), ela aborda a violência policial no Rio de Janeiro em um arco de 20 anos, partindo da Chacina de Vigário Geral, em 1993. Já na periferia da metrópole paulista, o cineasta Cristiano Burlan, que também possui uma trajetória notável na ficção e no teatro, constrói uma difícil trilogia do luto ao investigar a morte de três familiares próximos. Em Mataram meu Irmão (2013), o assassinato do irmão mais novo revela um ciclo estatal de abandonos e brutalidades, ligando o indivíduo à tragédia coletiva.
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Encontro 8 – 26 de novembro, 19h
Com Eduardo Escorel e Carlos Adriano
Arquivo a dentro, arquivo a fora
Eduardo e Carlos sabem que as imagens de arquivo nunca se calam totalmente. Cada um à sua maneira, eles acreditam no potencial de revelação, questionamento e ressignificação que elas guardam à espera de um novo olhar. Eduardo, com sua vasta experiência de montador e diretor desde o Cinema Novo, tem realizado um desvendamento exemplar dos arquivos históricos do século XX, de que é prova, entre outros, 1935 - O Assalto ao Poder (2002). De sua parte, Carlos recorre à pesquisa e à poesia nos seus curtas laboriosos, que recriam fragmentos do cinema mediante um arsenal de recursos de edição e reenquadramento. No longa Santos Dumont: Pré-cineasta? (2010), ele parte de um fabuloso achado do pré-cinema para especular sobre a gênese do cinema e da aviação. O diálogo de Carlos e Eduardo tem tudo para ser um momento extraordinário.
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Encontro 11 – 8 de dezembro, 19h
Com Jom Tob Azulay e Ana Rieper
No coração do pop
A música popular brasileira faz uma ponte entre os trabalhos de Jom Tob e Ana. O primeiro é um pioneiro na captação da pulsação do rock e do Tropicalismo no Brasil. O registro de festivais e turnês, ainda nos anos 1970, lançou o nome desse ex-diplomata como uma referência no circuito. Em Corações a Mil (1893) , Jom Tob experimenta inserir uma história de ficção na documentação de uma turnê de Gilberto Gil. Mistura pop por excelência. De sua parte, Ana Rieper vem construindo uma carreira ligada à música popular. Vou Rifar meu Coração (2011) faz uma crônica do amor da gente simples brasileira cantado na música romântica (chamada brega) ou inspirado por ela. Das grandes cidades às periferias e ao sertão, a música e o documentário se unem para compor um retrato afetivo do país.
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FICHA TÉCNICA
Curadoria: Bebeto Abrantes, Carlos Alberto Mattos e Carla Italiano
Mediação dos encontros: Bebeto Abrantes e Carla Italiano
Produção: Kerlon Lazzari
Arte: Nathalie Nery
Realização: Associação Imaginário Digital e Supimpa Produções
Apoio cultural: Videofilmes
Contato: [email protected]
Toda a programação do evento e informações sobre temas, filmes e diretores você acessa aqui:
Associação Imaginário Digital
A Associação Cultural Imaginário Digital é uma organização criada em 2008, qualificada como OSCIP em 2011. Nossos projetos atuam na interface entre os campos do audiovisual, educação e tecnologias para a geração de espaços inovadores de criação e aprendizagem. Na nossa trajetória de doze anos destacam-se os projetos Festival Visões Periféricas e o Visões Lab, laboratório de desenvolvimento de projetos audiovisuais. www.imaginariodigital.org.br