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Insurgências Gordas | curso online

18 jan - 2021 • 19:00 > 28 jan - 2021 • 22:00

Evento Online via Google Meet

Descrição

Intensivo reúne nomes da pesquisa e militância gorda do país em aulas online com temas que vão de saúde mental a racismo; de filosofia à literatura; 

Estão abertas as inscrições para o curso Insurgências Gordas, que ocorre entre os dias 18 e 28 de janeiro de 2021. Com curadoria das pesquisadoras e escritoras gordas Jéssica Balbino e Malu Jimenez, a proposta reúne diferentes pessoas - todas gordas - para falar de temas que vêm sendo pesquisados, cujo debate é urgente. Em formato intensivão de férias, o curso terá aulas sequenciais, com 2h de duração cada e emissão de certificado no final.

Ementa:

O curso Insurgênicas Gordas tem origem na urgência em debatermos corporalidade, passando por temas que atravessam o cotidiano e os tempos atuais, como patologização dos corpos, saúde mental, gordofobia e infância, autoetnografia e filosofia, saúde dos corpos dissidentes, body positive x ativismo gorde, produção de conteúdo para Instagram, criação performática a partir do corpo, a moda e a construção da identidade, mulheres maduras, racismo x gordofobia, corpos gordos e literatura, entre outros.

Destacamos que é, sobretudo, através das corporalidades e nos corpos que se manifestam nossas potências criativas, dissidentes e rebeldes, capazes de construir uma nova narrativa, de equidade, diversidade e inclusão.

Foi vivendo a vida toda em corpos dissidentes que o corpo docente deste curso descobriu como fazer isso na prática e começamos a pesquisar sobre, trazendo agora, reflexões, dados e experiências práticas sobre os mais plurais temas que envolvem o macro.

Como os corpos aparecem e são tratados na sociedade contemporânea? O quanto nosso corpo é responsável pela nossa história? Como nossos movimentos e nosso corpo influenciam nas nossas práticas profissionais e pessoais?  Como esses corpos encontram a própria voz e passam a se inscrever no mundo?

Como as demais interseccionalidades ligadas às opressões se cruzam com nossos corpos? Para que serve e à quem serve a normatividade dos corpórea? O que é o estigma e como ele é constituído e de que maneira nos afeta?

Por isso, o curso se propõe jogar luz sobre estas questões e refletir, de forma conjunta, sobre elas, com objetivo não de esgotar as questões ou criar respostas prontas, mas de criar novos caminhos e possibilidades, onde possamos existir.

Corpo docente:

Ana Paula Cortina de Liz
Debora Ambrosia
Gabi Menezes
Jéssica Balbino
Luz Ribeiro
Malu Jimenez
Marcelle Silva
Mirani Barros
Naiana Ribeiro
Rosane Gomes
Tom Grito


O CURSO

> O curso ocorre de maneira totalmente online, com encontros via Google Classroom e Google Meets.

> As aulas ficarão gravadas

> A ideia é estimular a aprendizagem a preços populares.

> Metodologia: Vídeos, filmes, textos, fóruns de debates, atividades online e produção textual.

> Política de bolsas: Disponibilizaremos cinco bolsas para pessoas gordas, que sejam de baixa renda, pretas, indígenas ou trans mediante autodeclaração, por ordem de procura,

> As aulas serão online, com 2h de duração cada.

> Ao final, será emitido um certificado de 20 horas

Metodologia:

  • Aulas gravadas (vídeos)
  • Aulas interativas (ao vivo via zoom)
  • tempo para perguntas e respostas
  • Atendimento personalizado

Material didático:

  • Livros em PDF
  • Sugestões de leitura
  • Textos em PDF
  • Bate papos
  • Vídeos aulas
  • Vídeos interativos
  • Atividades de escrita 

AULAS

18.01
aula inaugural com Malu Jimenez

Malu Jimenez mora em Chapada dos Guimarães no MT, é gorda, filósofa feminista, artivista faz arte na escritura propondo um novo olhar sobre os corpos gordos, doutora em Estudos de Cultura Contemporânea pela UFMT, PHD em gordofobia, autora do livro “lute como uma gorda: gordofobia, resistências e ativismos”, pela editora philos. Fundadora do 1º Grupo de Estudos do Corpo Gordo no Brasil, idealizadora do projeto lute como uma gorda, coordena as redes sociais @estudosdocorpogordo, faz parte do coletivo feminista GORDAS XÔMANAS em Cuiabá, Mato Grosso, é colaboradora escritora no Todas Fridas e do Margens e colunista no Guru da Cidade.

 

 

tema: AUTOETNOGRAFIA: POR UMA FILOSOFIA GORDA

Malu Jimenez apresenta nessa aula sua experiência com o encontro de seus afetos e desafetos, dores e curas através de seu olhar sobre si mesma e sobre o estigma da gordofobia que lhe afecta desde a infância. Vivência que transborda sua escrita, poesia nas texturas do mundo. O que significa ser pesquisadora artivista feminista decolonial gorda em uma proposta para uma filosofia gorda, quando se estuda as corporeidades dissidentes? Dentro de uma proposta política revolucionária feminista que mudou sua maneira de ser, entender e viver no mundo, propõe à partir de sua vivência uma reflexão sobre a importância de nossas vozes e narrativas insurgentes na pesquisa, dentro e fora da academia. Expõe seu encontro com os estudos do corpo gordo como processo criativo que rompe o estabelecido e apresenta sentimentos, saberes locais e rebeldia, transpõe a proposta colonial capitalística impregnada no fazer científico que intenciona a construção de uma pesquisa transformadora social. A aula que Malu  Jimenez exterioriza, é uma proposta para o reconhecimento de nossas potências que impulsionam revolucionar cada maneira de se olhar, pensar, pesquisar,performar e/ou escrever em um modo de fazer político, criativo, prazeroso e revolucionário.

Bibliografia

ADICHIE, Chimamanda. N. O perigo da história única. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

ANZALDÚA, Gloria. Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do terceiro mundo. ESTUDOS FEMINISTAS, 2020. Pgs. 229-236.

ARRUDA, Agnes de Sousa. O peso e a mídia: uma autoetnografia da gordofobia sob o olhar da complexidade. 2019. 116 f. Tese (Doutorado em Comunicação) – Universidade Paulista, São Paulo, 2019.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão de identidade. 2ªed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.

CALVA, Silvia M. Bérnard (Org). Autoetnografia: Una metodología cualitativa. México: Universidad Autónoma de Aguascalientes, 2019.

DELEUZE, Gilles. Espinosa: filosofia prática. São Paulo: Escuta, 2002.

DELEUZE, Gilles.; GUATTARI, Felix. O que é a Filosofia? Trad. Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Muñoz. São Paulo: Editora 34, 1992.

DESPENTES, V. Teoria King Kong. São Paulo: n-1 edições, 2016.

FAVRET-SAADA, Jeanne. “Ser afetado”, cadernos de campo n. 13, 2005. pp. 155-161.

FEYERABEND, Paul. Adios a la Razón. Madrid: Tecnos, 1992.

FOUCAULT, Michel. Os Corpos dóceis. In: FOUCAULT, Michel.Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes; 1997.

FOUCAULT, Michel. Uma estética da existência. In: MOTTA, Manoel Barros (org.). Ética, sexualidade, política. 2ªed, Rio de Janeiro: Universitária, 2010b, pp. 288-93.

GUATTARI, Felix; ROLNIK, Suely. Micropolítica: Cartografias do Desejo, Petrópolis: Vozes, 1996.

HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu. Campinas/SP, 1995, p. 7-41.

HOOKS, Bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática de liberdade. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2017.

LAZZARATO, Maurizzio. As revoluções do capitalismo: A política no império. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.

LORDE, Audre. Os usos da raiva: mulheres respondendo ao racismo, 2013. Disponível em: https://www.geledes.org.br/os-usos-da-raiva-mulheres-respondendo-ao-racismo/.

LORDE, Audre. Las herramientas del amo nunca desarmarán la casa del amo. In: MORAGA, Cherríe; CASTILLO, Ana (ed.). Esta puente, mi espada: Voces de mujeres tercermundistas en los Estados Unidos. [S. l.]: Ism press, 1988. cap. 2- Entrelíneas, p.89-93.

JIMENEZ-JIMENEZ, Maria Luisa. Lute como uma gorda: gordofobia, resistências e ativismos. 2020. Doutorado (Programa de Pós Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea – ECCO) - Faculdade de Comunicação e Artes da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT. Cuiabá, MT, Brasil.

RIBEIRO, Djamila. Lugar de Fala. São Paulo, Sueli Carneiro: Pólen, 2019.

ROLNIK, Suely. Esferas da Insurreição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: n-1 edições, 2018.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Descolonizar el saber, reinventar o poder. Montevideo: Trilce, 2010.

19.01
aula com Marcelle Silva 

Professora e Pesquisadora; Pós-doutoranda em Psicologia (UFC); Mestra e Doutora em Sociologia (UFC), graduada em Ciências Sociais (UFC); Fundadora e Consultora da Labrys Serviços Acadêmicos. Pesquisadora membro do Grupo Interdisciplinar de Estudos, Pesquisas e Intervenções em Psicologia Social Crítica (PARALAXE - UFC), coordenadora adjunta do Núcleo de Pesquisas sobre Sexualidade, Gênero e Subjetividade (NUSS - UFC) e coordenadora do grupo Pesquisa Gorda - Estudos transdisciplinares de Corporalidades Gordes no Brasil.

tema:  Medicalização da vida e patologização de corpos gordes: contribuições a partir de uma perspectiva interseccional

A proposta da aula é fazer um resgate sócio-histórico sobre o processo de medicalização do corpo no ocidente, pensando sobre o projeto de higienização da sociedade ocidental, de institucionalização de uma normalidade hegemônica cisheteronormativa excludente e estigmatizadora de corpos e subjetividades, assim como sobre os impactos dessa medicalização nas vidas afetivo-sexuais de pessoas gordas no que se refere às expectativas vinculadas a imagem corporal. Sabe-se que, apesar de as expectativas socioculturais afetarem de uma forma particular aqueles indivíduos que se distanciam da norma, existe ainda uma diversidade de questões sociais que implicarão em experiências de sofrimento e discriminação em níveis variados em decorrência do gênero, da raça, da classe, da orientação afetivo-sexual, dentre outros. Por esse motivo, faz-se urgente uma leitura interseccional das questões envolvidas nesse debate e de conscientização e reconhecimento das múltiplas demandas que ocorrem a partir dessa percepção e que atravessam os corpos gordes.

BIBLIOGRAFIA 

ADICHIE, C. N. O perigo da história única. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

AKOTIRENE, C. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019.

ARRUDA, A. de S. O peso e a mídia: uma autoetnografia da gordofobia sob o olhar da complexidade. 2019. Tese (Doutorado em Comunicação). – Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Universidade Paulista – UNIP, São Paulo, 2019.

BENTO, B. A reinvenção do corpo: sexualidade e gênero na experiência transexual. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.

BENTO, B. O que é transexualidade. São Paulo: Brasiliense, 2008.

BUTLER, J. Regulações de gênero. Cadernos pagu (42), janeiro-junho de 2014:249-274.

COSTA, R. L. D. O governo da vida em Michel Foucault: da medicalização da vida ao governo de si / Roberta Liana Damasceno Costa. – 2013.

DESPENTES, V. Teoria King Kong. São Paulo: n-1 edições, 2016.

FOXCROFT, L. A tirania das dietas: dois mil anos de luta contra o peso. São Paulo: Três Estrelas, 2013.

GAY, R. Fome: uma autobiografia do (meu) corpo. Globo Livros, 2017.

JIMENEZ-JIMENEZ, M. L. Lute como uma gorda: gordofobia, resistências e ativismos. 2020. Tese (Doutorado em Estudos de Cultura Contemporânea) – Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2020.

LIMA, A. F. de.; DANTAS, J. B. Considerações sobre a medicalização do corpo na contemporaneidade.  In: LESSA, J. M. et al. (org.). Desmedicalização da existência e práticas de si: resistência e poder na área da saúde. São Luís: EDUFMA, 2020.

LOURO, G. L. Pedagogias da sexualidade. In: LOURO, G. L. (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Autêntica: Belo Horizonte, 2013.

PRECIADO, P. B. Testo Junkie. Sexo, drogas e biopolítica na era farmacopornográfica. – São Paulo: n-1 edições, 2018.

PRECIADO, P. B. Um apartamento em Urano: crônicas da travessia. 1. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

RICH, A. Heterossexualidade compulsória e existência lésbica. Revista Bagoas, v. 4, n. 05, 27 nov. 2012.

ROHDEN, F. Uma ciência da diferença: sexo e gênero na medicina da mulher [online]. 2nd ed. rev. and enl. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2001.

SANT’ANNA, D. B. de. Gordos, magros e obesos: uma história do peso no Brasil. 1. ed. São Paulo: Estação Liberdade, 2016.

SILVA, B. L.; CANTISANI, J. R. Interfaces entre a gordofobia e a formação acadêmica em nutrição: um debate necessário. Demetra – Alimentação, Nutrição e Saúde, Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, 2018.

SILVA, M. J. da. “Ame seu corpo, inclusive sua vagina”: estudo sociológico da produção discursiva sobre a "autoestima vaginal" e "empoderamento feminino" nas mídias digitais. 2019. 264f. Tese (Doutorado em Sociologia) - Programa de Pós-graduação em Sociologia, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2019.

TOVAR, V. Meu corpo, minhas medidas. São Paulo: Primavera Editorial, 2018.

VIEIRA, E. M. A medicalização do corpo feminino. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2002.

WITTIG, M. O pensamento hétero (1980). Disponível em: https://we.riseup.net/assets/134062/Wittig,+Monique+O+pensamento+Hetero_pdf.pdf. 

 

20.01
aula com Rosane Gomes

Rosane da Silva Gomes. Professora titular aposentada da rede federal de ensino. Doutora em Letras pela UFMG. Pós doutora no programa Pós Cultura da UFBA. Desde 2017 estuda o corpo gordo relacionado às questões da Moda Plus Size.

 tema:  A MODA E A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE PARA A MULHER MADURA

O que dizer sobre a mulher gorda que ultrapassou os 50 anos de idade? Muitos desafios são colocados ao viver essa fase da vida em um corpo que não se adequa aos padrões vigentes da sociedade.

A discriminação por causa da idade acontece entre nós como algo naturalizado. Para as mulheres, esta discriminação é mais forte e evidente. Uma exigência por uma aparência eternamente jovem, a supervalorização da beleza física padronizada e uma estreita relação entre bem-estar e juventude mexem com a auto-estima e acabam por interferir na saúde física, mental, emocional e nas relações familiares e sociais.

Ao abordar o tema do envelhecimento dos corpos gordos (principalmente os femininos), tenho como objetivo aprofundar a análise dos desafios que uma mulher acima dos 50 anos precisa enfrentar e que, além disso, sendo gorda,  passa para ser mais rejeitada ainda na sociedade, pois é identificada como uma pessoa improdutiva e impossível de ser admirada e desejável sexualmente. Ao atingir uma certa idade, o senso comum reserva à mulher madura um papel bastante passivo na sociedade. Alguém que se contente a cuidar dos netos, da casa, sem maiores pretensões ou planos para sua vida profissional, sentimental ou sexual.

Os corpos gordos de pessoas mais velhas pouquíssimas vezes se veem representados nas mídias sociais ou em outros canais de comunicação. Os preconceitos e discriminações que atingem as mulheres que ultrapassam a idade de 50 anos passam muito também pelo o que seus corpos representam. E essa discriminação se acentua se essa mulher é gorda e ou negra.

Mais recentemente já conseguimos ver mulheres gordas e até mesmo gordas e negras nos circuitos virtuais ou nas mídias. Mesmo em pequena proporção, mulheres fora do padrão estabelecido como o belo e aceitável estão sendo vistos e expostos na internet de maneira mais positiva, ou usados em propagandas de moda, cosméticos ou produtos os mais variados possíveis. Porém é bem mais difícil encontrar esses mesmos corpos gordos, mas de mulheres que atingiram a menopausa e passaram dos 50 anos de idade.

Como então agir perante essa realidade preconceituosa que insiste em invisibilizar os corpos gordos e não jovens femininos? Como não deixar que ditem padrões de comportamento para as mulheres maduras, pregando que elas precisam aceitar o fato de que não são mais protagonistas em contextos profissionais? Ou que elas não devem expor seus corpos ou mostrá-los de forma sexualizada? Tentaremos dar algumas pistas, tomando como base as ideias de pensadores e problematizando todas essas questões.

Bibliografia

BERTH, J. Empoderamento. Feminismos Plurais. Org. Djamila Ribeiro. SP: Editora Jandaíra; 1ª edição, 2019.

DELEUZE, G. Crítica e clínica. Tradução: P. Pélbart. Rio de Janeiro: Editora 34, 1997, p. 129).

Envelhecer com leveza, Universa Talks painel 3. https://www.uol.com.br/universa/reportagens-especiais/universa-talks-2020---autoestima-feminina/ acesso em novembro de 2020.

FALCÃO, D.S. Maturidade e Velhice: Pesquisas e Intervenções Psicológicas Vol. 1. Casa do Psicólogo, 2006

FOUCAULT, M. História da Sexualidade (vols.1,2 e3). RJ: Paz e Terra, 2020).  

FOUCAULT, M. Vigiar e punir. Petrópolis: Vozes, 1978.

GUATTARI, F. Caosmose - Um novo paradigma estético. RJ: Ed.34, 1992.

JORGE, T.C.P. Sou gorda, idosa e saudável. https://artedeenvelhecer.com.br/sou-gorda-idosa-e-saudavel-2/ acesso em dezembro de 2020.

LISPECTOR, C. A via crucis do corpo. Rio de Janeiro: Rocco, 1998, p. 71.

NOVAES, J. V., VILHENA, J. de. De cinderela a moura-torta: sobre a relação mulher, beleza e feiúra. In: Interações. vol. VIII. nº 15, jan/jun 2003, p. 9-36

ORLANDI, L. B. Corporeidades em minidesfiles. In UNIMONTES CIENTÍFICA. Montes Claros, v.6, n.1, jan./jun. 2004.

TADEU, T. , A arte do encontro e da composição. Revista Educação & Realidade, p. 53

 

21.01
aula com Mirani Barros

Sou nutricionista e Mestre em Saúde Coletiva, concentrada nas Ciências Humanas e Saúde. Professora na área de Saúde Coletiva da UFRJ/Macaé nos cursos de Medicina e Nutrição, e pesquisadora do corpo gordo desde 2015. Apoiada na experiência gorda, tenho explorado tensões com o campo da saúde sobre a compreensão e manejo dos corpos gordos. Tenho problematizado a construção da categoria obesidade, bem como, a ideia de epidemia, considerando o acionamento de aparatos tecno-médico-conceituais que a partir desse campo de conhecimento atualizam a normatização  revalidando o corpo branco, forte e magro como único espaço da realização de saúde. O esforço das minhas pesquisas tem sido na direção de deslocar  essa compreensão do saudável para compreendê-lo na amplitude da diversidade corporal, empreendendo um esforço de democratização da saúde, entendendo-a como possibilidade para todos, explorando um caminho que  torna imprescindível as histórias não contadas, as experiências negadas e os corpos gordos além da balança, numa perspectiva de saúde que tem menos a ver com a balança e mais a ver com os corpos que balançam, apontando para a construção e validação da diversidade como política do peso. 

tema: Saúde em todos os corpos

Para este curso, ofertarei um recorte que bem representa esses esforços mencionados; trazendo uma leitura aprofundada do texto de Deb Burguard, parte importante dos Fat Studies Readers, que apresenta a abordagem “saúde em todos os corpos”, tensionando para uma virada de perspectiva sobre a abordagem médica da gordura. Burguard desafia as verdades nosológicas para o corpo gordo e nos leva diretamente às inconsistências do diagnósticos, dos tratamentos, e ao negligenciamento para o modo como a medicalização desconsidera os marcadores e as realidades que atravessam corpos gordos.

Referências bibliográficas


BURGARD, Deb. What is health at every size? In: Rothblum, Esther D., e Sondra Solovay, orgs. The fat studies reader. New York: New York Unviersity Press, 2009. 41-53p.

FLEGAL KM et al. Prevalence of obesity and trends in the distribution of body mass index among us adults, 1999-2010. JAMA, v. 307, n. 5, p. 491–497, 1 fev. 2012.

__Association of all-cause mortality with overweight and obesity using standard body mass index categories: A systematic review and meta-analysis. JAMA, v. 309, n. 1, p. 71–82, 2 jan. 2013.

FISCHLER, C. O obeso benigno, obeso malígno. In: Políticas do corpo. São Paulo: Estação Liberdade, 1995. p. 69–80. 

SANTOLIN, C. B.; RIGO, L. C. O nascimento do discurso patologizante da obesidade. Movimento, v. 21, n. 1, p. 81–94, 2015.https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/46172

JUTEL, A. Weighing Health: The Moral Burden of Obesity.Social Semiotics, v. 15, n. 2, p.113 – 125, 1 ago. 2005.

The emergence of overweight as a disease entity: Measuring up normality.Social Science & Medicine, v. 63, n. 9, p. 2268  – 2276, nov. 2006.

Framing disease: The example of female hypoactive sexual desire disorder. Social Science& Medicine, v. 70, n. 7, p. 1084 – 1090, abr. 2010.

SAGUY, A. C. What’s Wrong with Fat? Edição: 1 ed. Oxford University Press, 2012.

 

22.01
aula com Naiana Ribeiro

Naiana Ribeiro é jornalista pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), ativista gorda e criadora de conteúdo. Idealizou a primeira revista para mulheres gordas do país. É editora de home do portal iG e já trabalhou no Jornal Correio*, líder no Norte/Nordeste. Desde 2012, desenvolve trabalhos na área de empoderamento feminino, autoestima e luta contra preconceitos e padrões de beleza. Além de participar de eventos como palestras e aulas compartilhando experiências enquanto mulher gorda e ativista. Nas redes sociais, compartilha diariamente dicas, reflexões e conselhos com os seguidores - incluindo experiências de vida, produtos de beleza, peças de roupas, gastronomia etc. Seu trabalho mais forte é no Instagram @itsnaiana, onde soma mais de 57 mil seguidores. Tem produção técnica em assessoria de comunicação e de imprensa, fotografia, além de produção, planejamento e editoração impressa e digital.

tema: Body positive X ativismo gorde e a criação de conteúdo para o Instagram 

As redes sociais - sobretudo o Instagram, o Facebook e o YouTube - são hoje o principal veículo de propagação de conteúdo sobre representatividade. Também têm um papel essencial na união e na amplificação de discursos das minorias políticas. Essas redes contribuíram de forma significativa para a popularização dos movimentos de positividade e aceitação corporal, fazendo com que essas pautas sejam agora também comerciais. Nessa aula, iremos perpassa pelo conceito de body positive, discutir sobre as consequências dessa ideia de aceitação do corpo de todas as formas e tamanhos e problematizar a aproximação da lógica do capitalismo. Portanto, utilizaremos alguns questionamentos como: Quem realmente está se beneficiando do movimento? As pessoas gordas estão tendo visibilidade com essa popularização? Quais são os processos básicos da produção de conteúdo na internet? para analisar as diferenças entre o movimento body positive e o ativismo gorde. Serão abordados ainda processos básicos da produção de conteúdo na internet, a responsabilidade social que isso envolve e curiosidades sobre o mundo da influência digital.

BIBLIOGRAFIA:

POULAIN, J. P.. Sociologia da obesidade. Senac São Paulo; 1ª Edição,  2014.

WOLF, N.. O MITO DA BELEZA. Como as imagens de beleza são usada contra as mulheres. Rocco, Rio de Janeiro, 1992.

JIMENEZ-JIMENEZ, M. L. Lute como uma gorda: gordofobia, resistências e ativismos. 2020. Tese (Doutorado em Estudos de Cultura Contemporânea) – Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2020.

Ashley Kraus & Jessica Gall Myrick (2018) Feeling Bad About Feel-Good Ads: The Emotional and Body-Image Ramifications of Body-Positive Media, Communication Research Reports, 35:2, 101-111, DOI: 10.1080/08824096.2017.1383233

23.01
aula com Gabi Menezes

Sou Psicóloga formada pela FEA há 6 anos e pós graduanda em Transtornos Alimentares e de Imagem pela UNIARA, trabalho com clínica dentro da vertente da psicanálise e foco especializado em mulheres gordas há mais de um ano, antes de exercer oficialmente a profissão, comecei a criar conteúdo para o Instagram falando sobre moda plus size, comportamento e auto estima. Por ter um público quase 90% feminino na minha conta e percebendo a demanda que nos cerca quanto a questões de corpo e gordofobia, enveredei para as pesquisas e atendimento especializado em mulheres e principalmente mulheres gordas, que buscam dentro da área de saúde mental, o conforto, a identificação e também a empatia de lidar com os assuntos corporais e o que vai além dele também. A pós graduação em Transtornos Alimentares vem também como uma forma de abraçar mulheres que chegam com essa demanda em clínica e que é desvalidada até no momento onde a realidade é apenas dela. Estou sempre envolvida em pautas de gordofobia médica - por já ter sofrido e também por ser da área da saúde. Atuo na linha de frente da conta @saudesemgordofobia, onde fazemos captação de profissionais do país todo que tenham a conduta adequada, empática e não gordofóbica. 

tema: Quem cuida da saúde mental da pessoa gorda? O psicólogo. 

Para essa aula trarei a visão geral da psicologia e da vertente da psicanálise e como é possivel auxiliar pessoas gordas no processo da construção da autoimagem, do autoconceito e também no fortalecimento do autoconhecimento na busca de respeito e de entender a forma como é construída a sociedade magrocêntrica e como a pressão estética reforça a gordofobia. O foco é no público geral, mas trarei luz dentro do feminismo e no atendimento voltado à saúde mental e alimentar da mulher. Trarei também a importância de buscarmos médicos empáticos e que respeitem a história das pessoas, como cuidar da saúde mental dentro dos meios sociais que vivemos e como buscar sempre o diálogo didático com quem quer nos entender em nossa vivência e como pedir respeito em momentos que somos desacreditados quanto ao que vivemos. 

Referências Bibliográficas:

KHEL, M. R. O que pode uma mulher? (2007). 

FREUD, S. Projeto de uma psicologia. Obras completas (vol. XIV/ 1914 -1 1915). Trad: Margarida Salomão. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

BUSSE, S. (Org.). Anorexia, Bulimia, Obesidade. São Paulo: Manole, 2004. 

MONTAIGNE e a autoestima. Disponível em: <: http://www.youtube.com/watch?v=GuT-ybaerok> Acesso em: 04/08/2020

ALVARENGA, M.S.; DUNKER, K. L. L. Padrão e comportamento alimentar na anorexia e bulimia nervosa. In: ALVARENGA, M. S.; PHILIPPI, S.T. Transtornos alimentares: uma visão nutricional. Manole, 2004. p.131- 148.

BONUMA, T. A beleza no tempo. Revista da Cultura, ed. 25, ago. 2009. 

FREITAS, C.M.S.; LIMA, R. B.; COSTA, A.S. e col. O padrão de beleza corporal sobre o corpo feminino mediante IMC. Rev bras Educ Fis Esporte, v. 24, n. 3, p. 389-404, 2010.

MOSCOSO, A.L. Corpo e moda. In: SCHNEIDER, A.P. Nutrição e estética. São Paulo: Atheneu, 2009. cap. 2, p. 13-17. 

STEARNS, P.N. Fat history: bodies and beauty in the modern West. New York: New York University Press, 1997.

 

24.01
aula com Ana Liz

Ana Paula Cortina de Liz - Pedagoga educadora; graduada em Pedagogia UNICAMP. Participou do grupo de pesquisa Diferenças e Subjetividades em Educação - Estudos Surdos com ênfase em tecnologias digitais na educação de surdos e ensino de português como segunda língua. Entusiasta na pesquisa sobre os corpes gordes.

tema: Os impactos de uma sociedade gordofóbica nas infâncias dentro das creches e escola de educação infantil

Analisando os estigmas sociais de gênero, colonizadores, adultocentrismo, e principalmente gordofóbicos em nossa sociedade brasileira, percebo a importância de olhar para as infâncias com discussões que colocam como interlocutores os bebês, crianças pequenininhas e crianças, de forma que sejam percebidos como sujeitos das infâncias e percebendo esses estigmas sociais e principalmente, aqui, gordofóbicos. A partir da interlocução de pesquisadores da sociologia da infância e de estudos do corpo, a proposta da aula é trazer leituras que nos traga reflexões sobre os estigmas sociais e as interseccionalidades que transcendem esse olhar para as infâncias, e que nos façam repensar e perceber os impactos de uma sociedade dentro das creches e escolas.

BIBLIOGRAFIA:

SANTIAGO, F.. Eu quero ser o sol! Crianças pequenininhas, culturas infantis, creche e intersecção.  São Carlos: Pedro & João editores, 2019.

MORUZZI, ANDREA BRAGA ; TEBET, GABRIELA GUARNIERI DE CAMPOS . SOCIOLOGIA DA INFÂNCIA, PEDAGOGIA E CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL: ALGUMAS APROXIMAÇÕES.. NUANCES, v. 28, p. 166-185, 2018.

GOFFMAN, E.. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. São Paulo: LTC, 1988.

POULAIN, J. P.. Sociologia da obesidade. Senac São Paulo; 1ª Edição,  2014.

WOLF, N.. O MITO DA BELEZA. Como as imagens de beleza são usada contra as mulheres. Rocco, Rio de Janeiro, 1992.

JIMENEZ-JIMENEZ, M. L. Lute como uma gorda: gordofobia, resistências e ativismos. 2020. Tese (Doutorado em Estudos de Cultura Contemporânea) – Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2020.

SANT’ANNA, D. B. de. Gordos, magros e obesos: uma história do peso no Brasil. 1. ed. São Paulo: Estação Liberdade, 2016.

GAY, R. Fome: uma autobiografia do (meu) corpo. Globo Livros, 2017.

25.01
aula com Debora Ambrosia e Tom Grito

Débora Ambrósia (@deboraambrosia) é mulher preta, mãe e feminista. Militante do movimento negro e antigordofobia. Participa da produção do Slam das Minas RJ, e faz parte das Panteras Negras RJ. Além disso, é trabalhadora autônoma, vende glitter, vende cachaça, vende pizza, faz coffee break, happy hour, festa, evento, sarau, anima o rolê.

Tom Grito é poeta @tomgritopoeta 

Dedica-se à poesia falada (spoken word/poetry slam) e às micro-revoluções político-sociais onde a poesia incinera, afaga, afeta e transforma. Pessoa não binárie transmasculine. Entusiasta da cena de poetry slams e saraus de poesia no Brasil. https://linktr.ee/tomgritopoeta

tema: Corpas que gritam

Nesta oficina de criação poético performática, Tom Grito, poeta brasileire da cena do slam, vai propor exercícios de escrita e performance por meio da experimentação de processos de resistência e cura para corpas não hegemônicas, especialmente gordes e trans. Esta oficina de duração de 2 horas está dividida em dois blocos. No primeiro, dedicado à escrita criativa, partiremos da inspiração provocada pelo poeta até exercícios de criação literária. No segundo bloco, dedicado à performance da oralidade, es participantes praticarão exercícios corporais, experimentações performáticas e de poesia falada.

26.01

aula com Luz Ribeiro

em tempos de redes sociais, luz ribeiro prefere pousar em redes de balanços e afetos, @luzribeiropoesia tem alguns seguidores, mas luz sonha em ter sempre com quem seguir. luz é coletiva: slam das minas-sp e coletivo legítima defesa. escreve desde que fora alfabetizada e nem por isso se acha poeta, sonha com o dia que será poesia. campeã do “slam flup nacional” (2015), campeã do “slam br” (2016) e semi finalista da "coupe du monde de slam de poésie" (FRA - 2017). protagonizou um dos capítulos da série "bravos" na tv brasil. autora dos livros: “eterno contínuo” (2013) , “espanca estanca” (2017) e “novembro [pequeno manual de como fazer suturas]. 32 anos, raiou no verão de são paulo, gosta de escrever com letrinha minúscula, nasceu antes de aquário pra presa não ficar. luz é: mar-mãe de ben e filha-mar de odoya.

tema: interseccionalidade: racismo x gordofobia 

Nesta aula, Luz Ribeiro, mulher preta, apresenta um debate acerca de como as interseccionalidades do racismo e da gordofobia se aparelham e ocorrem, com base no mesmo mecanismo opressor.

27.01

aula com Jéssica Balbino

Jéssica Balbino é jornalista, mestre em comunicação e acredita que pode transformar o mundo através das narrativas. É criadora e editora do Margens, projeto que difunde conteúdo sobre mulheres periféricas na escrita. Curadora de eventos literários em todo país. Autora dos livros "Hip-Hop - A Cultura Marginal", "Traficando Conhecimento" e “gasolina & fósforo - meu corpo em chamas” (no prelo).

tema: Meu corpo, minha biografia

A partir das experiências com o próprio corpo e a escrita, Jéssica Balbino traz um olhar literário sobre obras, incluindo a autoficcional "gasolina & fósforo - meu corpo em chamas" que está no prelo, como de outros autores e autoras que discutem os corpos dissidentes na contemporaneidade e oferecem novas perspectivas e novos olhares acerca da sexualidade, sensualidade e existência.

Este módulo oferece formas de lidar com corpos, especialmente os gordos e literatura, apresentando e avaliando o que existe nas produções e como isso tem se dado na literatura atual, especialmente nos últimos cinco anos, em que o tema está em alta. Vamos abordar como o mercado literário tem recebido isso, quais são as brechas, como funcionam as publicações, quem são os autores e como o público absorve isso.

Com um olhar sobre os corpos dissidentes e uma perspectiva queer de construir futuros a partir da palavra, que é um instrumento de poder.

Bibliografia sugerida 

Se Deus me Chamar não Vou,  Mariana Salomão Carrara

Fome, Roxane Gay

A Gorda, Isabela Figueiredo

Antes que seja tarde para falar de poesia, Tom Brito

A Bruxa não vai para a fogueira neste livro, Amanda Lovelace

Costuras para Fora, Ana Squilant

Meu Corpo ainda Quente, Sheyla Smanioto

Aquenda, o amor às vezes é isso, Luna Vitrolira

Meu corpo, minhas medidas, Virgie Tovar

Poder Extra G, Thati Machado

Amor Plus Size, Larissa Siriani

Fominismo, Nora Bouzzani

Não Sou Exposição, Paola Altheia

Osso de Baleia, Lorena Otero

Testo Junkie, Paul B Preciado

Um apartamento em Urano, Paul B Preciado

Manifesto Contrassexual, Paul B Preciado

Teoria King Kong, Virginie Despentes

Orgasmo Santo, Kah Dantas

Lute como uma gorda, Malu Jimenez

Vida Precária, Judith Butler

 

28.01

aula com todo corpo docente

CURADORIA

A curadoria do curso surgiu a partir da união das pesquisadoras e escritoras Jéssica Balbino e Malu Jimenez, que somam as pesquisas, ora artísticas, pra acadêmicas e a produção de conteúdo feito por pessoas gordas. A ideia foi, então, reunir, outras pesquisas e saberes, acadêmicos ou não, mas que atravessam os corpos gordos, para levá-los ao debate a à produção de conhecimento fora dos espaços usuais e dado por corpos normativos.

INSCREVA-SE: https://bit.ly/insurgenciasgordas 

 

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Sobre o organizador

Insurgências Gordas | curso online

Jéssica Balbino

Jéssica Balbino é jornalista, mestre em comunicação e acredita que pode transformar o mundo através das narrativas. É criadora e editora do Margens, projeto que difunde conteúdo sobre mulheres periféricas na escrita. Curadora de eventos literários em todo país. Autora dos livros "Hip-Hop - A Cultura Marginal", "Traficando Conhecimento" e “gasolina & fósforo - meu corpo em chamas” (no prelo).

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