No mundo contemporâneo, todos os transtornos de saúde física ou
mental, de educação, trabalho e outros que afetam os indivíduos, grupos e
organizações já não podem ser entendidos e solucionados senão como resultantes
ou emergentes da configuração e funcionamento de redes sociais de pequeno,
médio e grande porte.
Por outro lado, o conhecimento e abordagem clínica requerem,
exigem leituras e técnicas transdisciplinares que operam mediante a análise e
intervenção de equipes de profissionais e especialistas com a ativa
participação dos usuários. Trata-se da aplicação de um novo paradigma ético,
estético, político, científico, tecnológico e ambiental, no qual todos e cada
um dos problemas humanos se definem e se resolvem dentro de um universo
complexo e heterogêneo.
A Análise Institucional (Lourau), a Esquizoanálise (Deleuze e
Guattari) e o Esquizodrama (Baremblitt) são saberes e práticas que tornam
possível compreender e intervir, teórica e clinicamente, na produção e invenção
de subjetividades, do social, do meio ambiente e das tecnologias presentes
nesse funcionamento.