12 ago - 2021 • 18:00 > 15 ago - 2021 • 18:20 Ver datas e horários
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O Fórum Nacional de Carnavais de Rua - edição 1 - é um encontro nacional, gratuito, que será transmitido online, e se propõe, ao longo de 4 dias, realizar painéis de discussão que têm como relevância os eixos culturais: social, econômico simbólico e de lutas, entre os principais agentes do carnaval. Além dos painéis, será realizada uma festinha de confraternização com exibição de lives de diversos atores do carnaval de rua do Brasil. Com isso, o Fórum pretende gerar reflexões sobre a situação atual, os rumos do carnaval de rua, pensar pontes para a realização da festa pós pandemia e criar laços entre os diversos agentes da festa, os eixos relevantes que precisam ser aprimorados e os pilares que precisam ser criados.
Somos uma rede de Carnavais de Rua de todo o Brasil que reúne mais de 350 blocos de rua, que visa criar ações propositivas que contemplem os três principais eixos culturais (social, simbólico e econômico).Temos como base para a discussão que os carnavais sejam mais democráticos, plurais e justos para todos os atores envolvidos, abrangendo dos foliões, organizadores e toda a cadeia produtiva do carnaval.
Nossas bandeiras de luta são justamente as que se destacam em nossa ação carnavalesca: defendemos corpos livres em toda sua potência, sem nenhum tipo de violência. Somos contra o racismo, o machismo, a LGBTI+fobia, a intolerância religiosa, a gordofobia, a exclusão da pessoa com deficiência, o etarismo, o manicomialismo, e qualquer outro tipo de opressão. Defendemos uma estética da diversidade de corpos e modos de viver o mundo.
Dentro de um ambiente de contradições e dualidades, o carnaval tem a potência da alegria que nos mobiliza para construção compartilhada de outros mundos possíveis.
Somos carne crua! Somos carnavais de rua!
Eixo CIDADÃO
MESA DE ABERTURA - quinta - 12/08 (18h30 - 20h20)
Cultura de Carnaval de Rua como transformação das cidades e do país.
Neste espaço de abertura dos caminhos do evento, evocamos o mote do carnaval depois da gripe espanhola para nos inspirar: "Não há tristeza que possa suportar tanta alegria: do luto à transformação! Diante disso, nos questionamos: qual sentimentos de coletividade que o carnaval de rua propõe? O carnaval de rua e seus coletivos conseguem ampliar, propor afetos e transformações nas subjetividades? Em tempos de pandemia e isolamento, como este carnaval pode propor algo para o futuro em que nos encontraremos novamente nas ruas? Como a alegria, o luto e a dor estarão nas ruas neste momento?
palestrantes:
Russo Passapusso
Músico (Baiana System e Navio Pirata - Salvador / BA )
Mãe Beth de Oxum
Iyalorixá, musicista, mestra coquista e comunicadora pernambucana.
Goli Guerreiro
Antropóloga e ensaísta. Autora de "A Trama dos Tambores: a música afro-pop de Salvador"
mediação:
Bloca Ela Pode, Ela Vai - Curitiba (PR)
Renata Dutra
espaço 2 - quinta - 12/08 (20h30 - 22h)
Das máscaras cirúrgicas às máscaras de carnaval: como será o amanhã?
Este espaço que irá compor a abertura dos caminhos do evento, traremos uma mesa com sanitaristas carnavalescos para conversarem entre si sobre alguns questionamentos que a todos atinge: como será esse carnaval do amanhã depois de tanto não-encontro, não-aglomeração, luto e morte? Que sentimentos teremos ao poder nos reencontrar com a alegria da luta e da sobrevivência? Queremos chegar, enfim, à derradeira pergunta: o que precisa acontecer no país, com base na ciência, na saúde coletiva, para ocuparmos a rua novamente?
palestrantes:
Carlos Fidelis
Historiador e mestre em Saúde Pública
Paulo Aguiar
Psicólogo e professor
Roberto Medronho
Infectologista e doutor em Saúde Pública
mediação:
Bloco Nau da Liberdade - Porto Alegre /RS
Israel Dias de Castro
Eixo Econômico
espaço 3 - sexta - 13/08 (18h - 20h)
Modelos econômicos de carnaval de rua, sustentabilidade financeira, o direito à festa e fortalecimento de comunidades.
O Carnaval de Rua e sua perspectiva econômica colocados em debate. Do ambulante à costureira, do músico ao artesão, do produtor ao folião, existe um ecossistema de pessoas produzindo, comercializando, gerando emprego e renda com a festa. Em muitas cidades, o evento até incide na sustentabilidade dos serviços públicos à população. Com isso, nos questionamos: o que temos a dizer sobre a economia criativa do carnaval de rua e para quem ela serve? Como foram instaurados os modelos de carnaval em diversas cidades e a quem eles servem? Pode um bloco sobreviver à lógica de mercado que também atinge a festa? Conseguimos pensar estes arranjos produtivos para além de sua sazonalidade? Como enfrentar a lógica mercantil de homogeneização da festa?
palestrantes:
Cláudia Leitão
ex - Secretária de Cultura do Estado do Ceará
Secretaria de Economia Criativa MinC (2011 - 2013)
João Jorge
Advogado e gestor cultural
Presidente do Olodum - Salvador / BA
Rita Fernandes
Jornalista e produtora cultural
Presidente das Sebastianas - Rio de Janeiro / RJ
mediação:
Bloco do Prazer - São Paulo / SP
Francisco Costa
espaço 4 - sexta - 13/08 (20h - 22h)
Carnaval de Rua como direito cultural, direito à cidade e a liberdade de expressão.
O Carnaval de Rua é alvo de múltiplos olhares, conflitos, saberes e fazeres. Ele é atravessado pelas políticas públicas, pelas disputas das garantias de direito à própria cidade, ao livre acesso à cultura, bem como à liberdade de expressão. Neste contexto, nos questionamos: como a festa e a linguagem do carnaval podem ser entendidas como direitos? Onde o carnaval se localiza dentro das políticas culturais? Como a festa se coloca em diálogo com a administração pública? Como os blocos, ligas e associações organizam suas demandas? Quais ferramentas políticas sustentam a festa?
palestrantes:
Zulu Araújo
Diretor geral da Fundação Pedro Calmón / BA
ex-Presidente da Fundação Palmares (2007-2013)
Fernanda Amim
Advogada e pesquisadora do Observatório das Metrópoles (IPPUR/UFRJ)
Autora do livro "Ei Você Aí, Me Dá um Dinheiro Aí?: conflitos, disputas e resistências na cidade do Rio de Janeiro".
Guilherme Varella
Advogado, pesquisador e gestor cultural
Diretor do Instituto Cultura e Democracia
Autor do livro "Plano Nacional de Cultura: direitos e politicas culturais no Brasil".
mediação:
Bloco Ritaleena - São Paulo / SP
Alessa
Eixo Simbólico
espaço 5 - sábado - 14/08 (14h - 16h)
A importância histórica dos carnavais de rua e a resiliência dos centenários.
O Carnaval não vem de hoje, disso bem sabemos. Então, é com respeito e reverência que propomos um espaço que reúna apenas blocos de carnaval centenários, para colocá-los frente a frente - provavelmente pela primeira vez graças a internet - os gigantes Cariri Olindense, Zé Pereira dos Lacaios e Cordão da Bola Preta. Queremos ouvir sobre suas trajetórias e compreender aprendizados sobre a resiliência que sustentou as agremiações ao passo de tantas turbulências nesses últimos 100 anos no país. O que temos a ouvir desses estandartes tão tradicionais? Quais seus olhares sobre o tempo presente na pandemia e suas perspectivas para o breve futuro de reencontro?
palestrantes:
Cordão da Bola Preta - Rio de Janeiro / RJ
Pedro Ernesto Marinho
Presidente do Bola Preta
Zé Pereira dos Lacaios - Ouro Preto / MG
Deolinda Santos
Carnavalesca e Professora universitária
Cariri Olindense - Olinda / PE
André Canuto - Filósofo e Teólogo
João Pedro Santana - Historiador universitário
Hilton Santana - Diretor de Comunicação e Marketing do Cariri
mediação:
Bloco Samba, Beth - Belo Horizonte / MG
Mariana Viel
espaço 6 - sábado - 14/08 (16h - 17h40)
Tristeza, por favor, vá embora... Quero de novo cantar! Haverá luto e alegria na rua?
Nesse contexto que nos vemos diante desta pandemia, com seus não-encontros e com o país sem seus blocos e troças nas ruas, que construímos nossos cortejos e agrupamentos como instituições de invenção e recriação de nossas identidades, nos questionamos: o que nossos tambores podem nos ensinar para transmutar esse luto coletivo em alegria no breve reencontro?
palestrantes:
Vovô do Ilê
Fundador e idealizador do Ilê Aiyê - Salvador / BA
Alberto Pitta
Artista plástico, fundador do Cortejo Afro - Salvador / BA
Fabiano Santos
Presidente do Afoxé Alafin Oyó - Olinda /PE
mediação:
Maracatu Pé de Elefante - João Pessoa /PB
Paulo de Jesus
Eixo Lutas
espaço 7 - domingo - 15/08 (13h30 - 15h10)
Viver e não ter a vergonha de ser feliz: a população LGBTQIAP+ põe a cara no sol.
O Brasil traz consigo a trágica marca de ser um dos países mais homofóbicos e transfóbicos do mundo. São nos festejos carnavalescos que abrimos espaço para nossas cores e lutas. Depois de décadas os clubes e bares noturnos privados construíram nosso imaginário de encontro e festa. No entanto, nestes últimos anos, temos acompanhado a tomada da rua, do carnaval pela a população LGBTQIAP+. Nossos corpos no sol, na lua, na rua, em público. O que isso representa para nossas lutas, nossas vidas, construção de imaginário e memória?
palestrantes:
Truck do Desejo - Belo Horizonte / MG
Lara Sousa - sapatona, bicicleteira, carnavalesca.
Maracadonna - Olinda / PE
Jô Oliveira - Comunicador e artista
Minhoqueens - São Paulo / SP
Mama Darling (Fernando Magrin) - ator e jornalista
mediação:
Bloco do Amor - Brasília / DF
Brunetty BG
espaço 8 - domingo - 15/08 (15h15 - 16h40)
Mulheres à frente das baterias e dos blocos: a luta e o grito das mulheres nas ruas.
Mulheres espalhadas por todos os lugares e em todas as posições. Isso se caracteriza como um desafio em contexto tão historicamente masculinizados do patriarcado. Ocupar as posições centrais de mestra, regente de bateria e organizações políticas do carnaval de rua demonstram força, ineditismo e muita disposição. A rua, o lugar público, destino da história, exclusivamente aos homens, é disputado pelas mulheres e seus carnavais evocam sua autoridade, autoria e autonomia. O que significa ocupar a rua para essas mulheres? Como lidar com o machismo dos carnavais de rua? O que as mulheres de blocos feministas buscam construir ocupando esse espaço público?
palestrantes:
Karen Aguiar
Percussionista
Regente do Maracatu Leão Coroado - Olinda / PE
Chaya Vazquez
Artista, percussionista e regente
Bloco Manjericão, Alcova Libertina, Como te Lhamas? - Belo Horizonte / MG
Aquataluxe Rodrigues
Empresária e produtora cultural - Olodum - Salvador / BA
mediação:
Bloco Não Mexe Comigo que Eu Não Ando Só - Porto Alegre / RS
Joana Oliveira
espaço 9 - domingo - 15/08 (16h50 - 18h10)
Carnaval como território e resistência afro brasileira.
O carnaval de rua é uma das manifestações mais significativas das possibilidades do povo negro de existir, de ocupar, de resistir e transformar sua realidade. É o chão da rua que abriga este palco, de diversidade, de representatividade, onde todos tem o direito de existir, de rir, ser e viver sua ancestralidade. É o território de quem sacraliza seus tambores, suas músicas, suas danças e suas dores, com a alegria de quem sabe quem construiu esse país.
palestrantes:
Afro Kizomba - Vitória / ES
Winny Rocha
artista, educador, pesquisador e produtor cultural
Ilú Obá De Min - São Paulo / SP
Baby Amorim
Produtora cultura e coordenadora Ilú Obá De Min.
Maracatu Arrasta Ilha - Florianópolis / SC
Xanda Alencar - Dançarina, professora e produtora cultural
Charles Raimundo - mestre de percussão
mediação:
Bloco Tucurutá - Porto Alegre / RS
Fábio
O Fórum Nacional de Carnavais de Rua - edição 1 - é um evento inédito que tem no centro do debate os carnavais de rua e realizado para o público que produz, vivencia e desfruta desse. Trazendo para a pauta temas sensíveis, relevantes e comuns para essa gama plural, diversa, com as mais ímpares particularidades e complexa que são os carnavais de rua do Brasil.
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Este evento tem a comodidade e a praticidade de uma transmissão online com a melhor experiência garantida pela Sympla.
* A transmissão é disponíbilizada um pouco antes do início do evento
C.R.U.A Carnavais de Rua em Ação
União dos carnavais de Rua do Brasil