Exília Online

Exília 

Atriz, diretora e dramaturga Juliana Pautilla estreia videoperformance do solo Exília. É uma criação realizada através da LAB-MG na categoria Bolsa de Criação em Teatro com apoio do Ministério do Turismo e do Governo do Estado de Minas Gerais. 

Exília. Uma videoperformance singular em meio a tantas estreias e apresentações através da Lei Aldir Blanc. Uma mulher que entrelaça discursos pessoais e sociais. As palavras de Juliana Pautilla - autora, diretora e atriz - desafiam a noção da feminilidade construída a partir do olhar do outro masculino, aquele produtor da violência hegemônica que prescreve atitudes ao corpo da mulher. A atriz usa a ironia, a provocação e a confissão como forma de denunciar a estrutura machista e misógina a que as mulheres estão submetidas na sociedade brasileira. A videoperformance Exília é uma transcriação da dramaturgia da peça homônima, que teve duas estreias adiadas em 2020 devido à pandemia. Na peça o exílio é pensado como um processo de reinvenção de si. Ao perder suas próprias evidências, seus velhos constrangimentos a artista se pergunta: como sofre e ainda pratica a misoginia? Como reinventar a si mesma?

DEBATE

Após a apresentação haverá debate com Juliana Pautilla mediado por Ana Luísa Santos -  performer e escritora. É mestre em Comunicação Social/UFMG e Pós-Graduada em Arte da Performance/FAV; atua também como curadora em artes da presença na realização de exposições e residências artísticas, núcleos de pesquisa e criação, atividades de formação e crítica. Desenvolve trabalhos para teatro e dança, com destaque para dramaturgia e figurino. É idealizadora do PERFURA \ ATELIÊ DE PERFORMANCE e co-diretora da plataforma O QUE VOCÊ QUEER. Artista indicada ao Prêmio PIPA 2017. Vive e trabalha em Belo Horizonte.

www.julianapautilla.com

@ex.ilia

@jupautilla

EQUIPE

Direção, roteiro e atuação: Juliana Pautilla

Trilha sonora original: Lucas Morais

Iluminação e câmera: Lucas Pradino

Edição: Ricardo Gonçalves

Produção e assistente de câmera: Jéssica Lauriano

Técnica vocal: Silvana Stein

Técnica Corporal: Thiane Nascimento

Fotografia Still: Nubia Fernamo

Planejamento e conteúdo mídias sociais: Camila Felix

Transmissão: Sol Faganello

CRÍTICA

“O encontro com a Juliana foi um espaço para reflexão do quão forte é provocar o corpo a responder sobre nossas vivências a partir de outras brechas que não apenas a boca. Estar aberto a dissertar traumas, desejos e personagens exige aceitar a vulnerabilidade e trepidar com ela. Juliana ofereceu nesse encontro (...) uma figura feminina inteira, ainda que ela estivesse em pedaços soltos e espalhados pela coleção de histórias que ela incitou contar. O processo de criação conta com cerca de um ano de pesquisa e está aberto às próximas descobertas da artista. Seus últimos anos foram dirigindo solos de mulheres, autobiográficos. Após uma década sem atuar como atriz, a artista retoma esse espaço em EXÍLIA.”

--- Crítica de Guga Paulino,durante o processo criativo da peça (NOV/2019)