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Orgulho e Preconceito - uma análise histórica

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Orgulho e Preconceito - uma análise histórica

17 jun - 2025 • 19:30 > 17 jun - 2025 • 19:30

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Orgulho e Preconceito - uma análise histórica

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Descrição do evento


Débora Tavares é mestre e doutora em literatura pela Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), onde pesquisou a obra de George Orwell e sua relação com a História. Atua como professora, oferecendo cursos sobre literatura, relações entre arte e sociedade, assim como metodologia de pesquisa. Autora de ensaios nessa área, entre eles o posfácio “A esperança vem do plural” da edição de 1984 publicado pela editora Antofágica.

Caio Rubini é mestre em Pensamento Político e Social (Filosofia) pela University of Sussex (Reino Unido), historiador e professor de História pela Universidade de São Paulo (FFLCH/FE-USP) e bacharel em Comunicação Social – Jornalismo. Atualmente trabalha como professor, ministrando cursos de Humanidades, em especial História e Filosofia. Além disso, pesquisa elementos históricos e filosóficos do século XX, baseado na Teoria Crítica, com ênfase na obra do autor Walter Benjamin.

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Horário síncrono: 19h30 - 21h30 (Horário de Brasília) 

Datas das aulas:  17, 24 de junho, 01 e 08 de julho

Gravação disponível até: 08/08 e 31/12 (Clube da Livre)

Via Google Meet - aulas fica gravadas

Este curso propõe uma leitura crítica do romance Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, examinando suas representações sociais no contexto da Inglaterra do início do século XIX. A partir de uma análise literária que dialoga com questões históricas, refletiremos sobre os vínculos entre casamento, herança, propriedade, classes sociais, papéis de gênero e as estruturas familiares que organizavam a vida social da época. O curso se inspira em reflexões como as de Friedrich Engels, em A origem da família, da propriedade privada e do Estado, bem como em abordagens feministas da literatura, para discutir como Austen revela, e tensiona, os modos de organização da vida e da subjetividade em sua época.



Aula 01 (17/06) – Dinheiro e reputação: o romance como espelho da sociedade inglesa
Nesta aula inicial, introduziremos o universo literário de Jane Austen em sua relação com a sociedade inglesa do pós-Revolução Francesa. Analisaremos como Orgulho e Preconceito espelha os códigos morais e as expectativas da aristocracia rural, enquanto a Inglaterra enfrenta uma tensão entre conservação e transformação. Refletiremos sobre o sistema de classes e o declínio de uma nobreza tradicional diante das mudanças econômicas que acompanham o avanço da Revolução Industrial. A relação entre fortuna, casamento e status social será lida à luz do contexto de crise e adaptação da elite inglesa.
Referência: A era das revoluções, de Eric Hobsbawm

Aula 02 (24/06) – O sistema da herança: filhas, propriedade e exclusão
O foco desta segunda aula será a estrutura jurídica e social da transmissão de bens na Inglaterra georgiana, particularmente o sistema de entailment (vinculação patrimonial). Investigaremos como essa prática reforça o poder da aristocracia masculina e exclui as mulheres da autonomia econômica e política. A impossibilidade de as irmãs Bennet herdarem Longbourn será situada num contexto de leis de primogenitura, em um país em que a ascensão da burguesia ainda convivia com fortes hierarquias feudais. A aula debaterá também a família como núcleo ideológico e reprodutor das desigualdades sociais.
Referência: A origem da família, da propriedade privada e do Estado, de Friedrich Engels

Aula 03 (01/07) – Desejo e disciplina: o corpo feminino no centro da vigilância social (20/06)
Nesta aula exploraremos o papel disciplinador da moral vitoriana incipiente e sua vigilância sobre os corpos e desejos das mulheres. A repressão sexual, o controle do comportamento feminino e as formas de punição simbólica serão lidos à luz de personagens como Lydia, Charlotte e Elizabeth. Situações como a “fuga” de Lydia serão compreendidas como transgressões que desafiam, mas também confirmam, a estrutura patriarcal. Apresentaremos também a influência das ideias de Mary Wollstonecraft e os limites da liberdade feminina nesse contexto.
Referência: Reivindicação dos direitos da mulher, de Mary Wollstonecraft.

Aula 04 (08/07) – Orgulho e afeto: transformação subjetiva e crítica social (27/06)
Na aula final, discutiremos como o percurso emocional e intelectual de Elizabeth Bennet e Mr. Darcy revela um processo de transformação individual que implica reconhecimento da desigualdade, autocrítica e superação de preconceitos de classe. Refletiremos sobre o alcance simbólico dessa transformação num contexto histórico de instabilidade política (tal como a Restauração Tory, guerra contra Napoleão, cercamentos, início da industrialização). Questionaremos os limites e as potências da crítica social contida no romance: é possível ler Austen como uma autora conservadora ou subversiva?
Referência: A formação da classe operária inglesa, de E. P. Thompson

BIBLIOGRAFIA
BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo – Vol. 1: Fatos e mitos. São Paulo: Nova Fronteira, 2019.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.
EAGLETON, Terry. A ideologia da estética. Rio de Janeiro: Zahar, 1993.
ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado: à luz das pesquisas de Lewis H. Morgan. Tradução de Nélio Schneider. São Paulo: Boitempo, 2019.
FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa: Mulheres, corpos e acumulação primitiva. São Paulo: Elefante, 2019.
HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções: 1789-1848. São Paulo: Paz e Terra, 2014.
LUXEMBURGO, Rosa. A Acumulação Do Capital. São Paulo: Civilização Brasileira, 2021. 
MARCUSE, Herbert. Eros e Civilização. São Paulo: LTC, 1982. 
MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2010
SCOTT, Joan Wallach. Gênero e política da história. São Paulo: UNESP, 1995.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar?. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
THOMPSON, E. P. A formação da classe operária inglesa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
VASCONCELOS, Sandra Guardini Teixeira. A formação do romance inglês: ensaio sobre a crítica literária no século XVIII. São Paulo: Editora da Unicamp, 2002.
WATT, Ian. A ascensão do romance. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
WOLLSTONECRAFT, Mary. Reivindicação dos direitos da mulher. Tradução de Vanessa Barbara. São Paulo: Boitempo, 2010.
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Sobre o produtor

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Livre Literatura

Débora Tavares, Mestre e Doutora em Letras pela Universidade de São Paulo (USP). Especialista renomada na obra de George Orwell. Caio Rubini, Historiador e Mestre em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), e University of Sussex (Reino Unido).

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