7 nov - 2020 • 17:00 > 18:30
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"Tudo o que eu fazia era ironizar, debochar. Eu usava todo o meu talento para atingir aquele objetivo, assim como quem tem um compromisso político para provar que dois mais dois são três. Hoje eu me integro no mundo fascinante, maravilhoso, complexo e misterioso que é a minha vida, a minha existência (...) apesar de todo o horror que eu sofri, sempre tive capacidade de rir (...) e o humor é um bálsamo que faz atravessar tudo e está pronto para começar de novo".
Mauro Rasi
Uma sala de terapia onde todos são atendidos ao mesmo tempo por uma doutora nada ortodoxa; essa é a premissa de “A Mente Capta”. O texto é de 1982, mas os problemas apresentados continuam atuais: carência afetiva, desprezo dos pais, dificuldades em relacionamentos; todos esses empecilhos são discutidos na minúscula sala onde a doutora Rosa Cruz (vivida por Leandro Austin) atende. Mas ao invés de recorrer a velhos conhecidos da psicanálise, como Freud e Jung, a especialista prefere recorrer a métodos nada recomendáveis e até se refere a seus pacientes como “doidos”.
Sempre foi o desejo do diretor Bruno Seixas dirigir o texto. Ele foi assistente de direção em uma montagem da peça com Regiana Antonini (autora de “Doidas e santas”). O processo reforçou o estudo do teatro físico, a qual Seixas, já está acostumado “Sempre me inspirei muito na Regiana Atonini, com quem eu desenvolvi um trabalho de teatro físico baseado nas técnicas de Grotowsky”, pondera o diretor.
São 14 personagens se revezando no palco, e segundo Bruno Seixas, é uma peça da qual se pode assistir diversas vezes: “Cada personagem tem seu momento, você pode ir um dia para ver um e no outro, prestar atenção em um diferente” conclui. Ainda de acordo com o diretor, a criação da peça foi fruto de um trabalho coletivo entre os atores e a direção: “Eles trouxeram as propostas, algumas eu gostei, outras não, fui selecionando e fomos criando juntos” finaliza.
Sobre o diretor
Bruno Seixas e ator e diretor, formado pela Cia de Teatro Contemporâneo, além de ter passagens pela CAL e Tablado. Participou de mais de 50 peças, além de ter atuado em novelas da Globo e Record além de séries no canal Multishow. Ganhou o prêmio de melhor ator no CINEFEST universitário 2016.
Sobre o autor
Mauro Rasi foi um dramaturgo paulista de grande sucesso, principalmente nos anos 80, escrevendo sucessos como “Batalha de arroz em um ringue para dois” e “A estrela do lar” (estrelado por Marieta Severo). Nos anos 90, se dedicou à crônicas e textos para jornais de grande circulação, como “O Globo”. Morre em 2003, vítima de um câncer de pulmão.
Ficha técnica
Direção: Bruno Seixas
Elenco: Beatriz Lima, Bruno Seixas, Carolina Marques, Leandro Austin, Léo Alcantara, Margot Quintão, Thalita Rocha e Walter Farias
Trilha sonora: Raphael Piquet
Figurinos: Margo Quintão
Design Gráfico: Matheus Nicolau
Op. de Som: Akauas Pena
Assessoria de Imprensa: Júlio Luz
Realização: Duas Encena Produções Artísticas & Lamparina Produções Culturais
Este evento tem a comodidade e a praticidade de uma transmissão online com a melhor experiência garantida pela Sympla.
* A transmissão é disponíbilizada um pouco antes do início do evento
Júlio Luz
Júlio Luz Júlio Luz, professor, diretor, produtor e ator. No mercado há 21 anos. Diretor da Lamparina Produções Culturais. Coordenou a Casa Aguinaldo Silva de Artes (SP), no período de 2018 a 2019. Formado em licenciatura em Teatro pela Universidade Estácio de Sá. Atualmente cursando Licenciatura em História. Leciona na Sede da Cia de Teatro Contemporâneo nas disciplinas: História do Teatro Mundial e Brasileiro. Lecionou o curso Assist. de Produção Cultural, na Faetec, nas EAT – Escola de Artes