27 jun - 2021 • 19:00 > 20:00
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A Bicicleta de Papel.
O texto de Luccas Papp se passa na virada do milênio, durante
a noite do dia 31 de dezembro de 2000, onde se encontra Ian (Luccas Papp), um
rapaz que poucos meses antes ultrapassou o farol vermelho e sofreu um acidente
que matou toda sua família e lhe transformou em uma figura solitária e repleta
de culpa. Suas únicas companhias são um gravador, uma bolinha de borracha e o
peru que nunca fica pronto. É nesse momento que Noah (Leonardo Miggiorin), seu
melhor amigo, entra em sua casa com uma missão: Passar o ano novo com Ian e
provar-lhe que ainda há tempo para viver e ter esperança em dias melhores.
“É um texto que que escrevi há dois anos, nem imaginava que o mundo iria virar de ponta cabeça. É uma história sobre traumas, mas acima de tudo é sobre a capacidade de se perdoar. Meu personagem enfrenta um processo difícil para se libertar e construir algo novo. A dramaturgia é permeada por diálogos curtos, entrecortados, alguns monólogos narrativos, e retrata muito a cultura pop daquela época”, conta Luccas Papp.
Papp e Miggiorin interpretaram os melhores amigos em O Ovo de Ouro, texto de Papp que estreou em 2019 e contava uma história pouco conhecida da Segunda Guerra Mundial, a figura do Sonderkommando nos campos de concentração. Nesta montagem, criou-se uma relação e um entrosamento que serão colocados novamente no palco.
“Eles instigam um ao outro, além da própria direção. O jogo entre eles é recomposto de uma outra maneira agora, essa amizade foi construída na produção anterior e volta a ser enfatizada com o novo texto. É importante tocar nessas questões devido aos momentos que estamos vivendo com a pandemia. A peça é contra essa política de cancelamento do mundo, reforça que podemos reescrever a nossa própria história e viver o novo”, ressalta Grasson que dirigiu a dupla em ambos os trabalhos.
Miggiorin descreveu os mecanismos que o auxiliaram na criação de Noah. “O maior exercício é acreditar na força da presença. A construção do papel foi pautada no exercício do ‘aqui agora’. Então preciso fazer uma meditação para entrar em cena, me concentrar e me conectar, como se não tivesse mais nada a fazer no mundo, senão estar ali, presente, com aquelas pessoas, naquele lugar. Meu personagem adora músicas dos anos 80, e estou ouvindo muito, além de relembrar de como era a vida no contexto do ano de 2001, período em que a história acontece”.
O ator ainda destaca que um dos maiores artifícios da peça é trazer uma reflexão sobre o momento atual vivido por todos nós. “O isolamento está muito além da pandemia, muitos de nós já estávamos isolados do mundo antes mesmo dessa quarentena. Perdemos tempo com bobagens, não entendemos ainda o valor da presença. Este espetáculo fala sobre estar presente enquanto ainda temos tempo. Enquanto ainda estamos aqui”.
Texto: Luccas Papp. Direção: Ricardo Grasson. Elenco: Leonardo Miggiorin e Luccas Papp. Participação especial em off: Elias Andreato, Ando Camargo, Rita Batata e Lívia Marques. Cenografia: Luccas Papp e Ricardo Grasson. Cenotécnico: Rafael Boese. Figurino: Cássio Scapin. Designer de luz e operação: Gabriele Souza. Trilha sonora: Catarina Kobayashi. Operação de som: Tomé Souza. Comunicação Visual: Giullia Abreu. Fotos: João Sampaio e Davi Gomes. Produção Executiva e Assistência de direção: Heitor Garcia. Assistência de produção: Lívia Marques. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Realização: LPB Produções e Nosso Cultural.
Gênero: Drama. Duração: 60 minutos. Classificação indicativa: 10 anos.
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