Núcleo de Educação em Urgência
A Atenção às Urgências, ao longo da existência do
SUS, continua centrada nos hospitais onde funciona os tradicionais
pronto-socorros abertos 24 horas do dia. Estes serviços, acabam por funcionar
como “porta de entrada” ao sistema de saúde, acolhendo pacientes de urgência
propriamente dita; pacientes com quadros percebidos como urgência; pacientes
”’desvinculados” da atenção primária, da atenção especializada e também as
urgências sociais.
Esta elevada procura nas portas de urgência, culminam
em uma superlotação das salas de urgência e, consequentemente baixa qualidade da assistência prestada deste nível
de atenção.
Segundo a Portaria 2.048/02, às urgências não se
constituem em especialidade médica ou de enfermagem e nos cursos de graduação a
atenção dada à esta área ainda é bastante insuficiente. No que diz respeito à capacitação,
habilitação e educação permanente dos
trabalhadores neste setor a situação é preocupante. Observa-se uma fragmentação
e baixo aproveitamento do processo educativo tradicional e uma insuficiência
dos conteúdos curriculares dos aparelhos formadores na qualificação de
profissionais para as urgências, principalmente, em seu componente
pré-hospitalar móvel (SAMU) e componente pré hospitalar fixo UPA’s e os
Pronto-socorro 24 horas. Essa falta de formação
e educação permanente, resulta em comprometimento da qualidade na assistência e
na gestão do serviço..
A qualificação das equipes, o conhecimento das
diretrizes da Política Nacional de Atenção às Urgências e o conteúdo
programático da Portaria GM/MS 2.048, de 05 de novembro de 2002, são fatores
primordiais que estão diretamente relacionados ao sucesso dos serviços
inseridos na política de Educação permanente da Rede de Urgência. Em setembro
de 2004, a Secretaria de Estado de Saúde do Acre, em parceria com o Ministério
da Saúde institui o componente pré-hospitalar móvel da rede de Atenção às
Urgências conhecido oficialmente como SAMU 192. Nestes 08 anos de
funcionamento, tem-se observado muitas fragilidades no atendimento às urgências
pela falta de capacitação técnica dos profissionais envolvidos nesta área.
Nesta perspectiva, a Secretaria de Estado de Saúde propõe a implantação e
organização do Núcleo de Educação em
Urgência – NEU, estruturado segundo as observações feitas pela Portaria
2.048 de novembro de 2002, especificamente no Capítulo VII. Que define que o
Núcleo deve ser organizado como espaços de saber interinstitucional de
formação, capacitação, habilitação e educação continuada de recursos humanos
para as urgências, sob a administração de um conselho diretivo, coordenado,
pela Coordenação Estadual de Urgência e Emergência tendo como integrantes as
Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, Serviços de referência na área de
urgência, escolas de bombeiros e polícias, instituições de ensino superior, de
formação e capacitação de pessoal na área da saúde, escolas técnicas e outros
setores que prestam socorro à população, de caráter público ou privado, de
abrangência municipal, regional ou estadual.
OBJETIVOS
Geral:
Promover a capacitação, habilitação formal e
educação permanente para os profissionais que trabalham nos serviços de
urgência/emergência, com um plano de implantação das exigências curriculares
mínimas previstas na Portaria GM/MS 2.048/2002, produzindo assim um processo de
profissionalização de todo pessoal.
Específicos
Ø Capacitar os recursos humanos envolvidos em todas as dimensões da atenção regional, ou seja, atenção pré-hospitalar - unidades básicas de saúde, unidades de saúde da família, pré-hospitalar móvel, unidades não hospitalares de atendimento às urgências e emergências e ambulatórios de especialidades; atenção hospitalar e atenção pós-hospitalar - internação domiciliar e serviços de reabilitação, sob a ótica da promoção da saúde;
Ø Proporcionar através do ensino-aprendizado a reprodução de novos agentes multiplicadores, objetivando ma assistência adequada e qualificada aos profissionais envolvidos na atenção as urgências;
Ø Promover programas de formação e educação continuada na forma de treinamento em serviço a fim de atender ao conjunto de necessidades diagnosticado em cada região, fundamentando o modelo pedagógico na problematização de situações.
Ø
Contribuir para a
melhoria dos serviços oferecidos nos pontos de atenção às urgências;
Ø
Garantir maior
resolutividade no atendimento, evitando com isto o encaminhamento para outro
centro de referência.